Publicada em 08/04/2023 às 10h28
Rondônia tem pouco mais de 40 anos de emancipação política e desponta como importante produtor de gado de corte, entre os primeiros do País, e agora vem crescendo de forma muito rápida na produção de grãos, mais milho e soja. Além de estradas federais, setor que o Estado, ainda, é carente, pois depende da BR 364, que não atende a demanda de 2,5 mil veículos-dia de carga. Todos os finais de invernos, como agora, a 364 fica com trechos intransitáveis prejudicando diretamente a economia do Estado e, consequentemente, do País.
Outro problema de difícil solução em Rondônia é o relacionado a saúde pública. Dados do Ministério da Saúde indicam o Estado, proporcionalmente, como de maior incidência de câncer no país. Não é por acaso, que a fundação Pio XII, de Barretos, que mantém o Hospital de Amor naquela cidade tem unidade em Porto Velho, agora reforçada com o Hospital de Reabilitação Dream da Amazônia, inaugurado no último dia 4, na mesma área do Hospital de Amor de Porto Velho, às margens da BR 364, na ligação da capital com Candeias do Jamari, graças a emendas parlamentares da deputada federal Sílvia Cristina (PL-RO).
Nas últimas décadas, os governos que passaram por Rondônia não priorizaram a saúde pública, que ficou dependente da ambulância, para transportar pacientes do interior para o Pronto Socorro João Paulo II, que está permanentemente lotado, porque não tem condições de atender demanda de Porto Velho (número elevado de acidentes com motocicletas). É a única capital do país, que não tem um Pronto Socorro Municipal e atende à demanda do interior, mesmo com a inauguração do Hospital Regional de Cacoal em julho de 2012, pelo governador na época, Ivo Cassol, e graças a uma parceria de compensações com as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, construídas no rio Madeira em Porto Velho, que concluiu a obra que estava paralisada há anos.
Após a entrega do regional de Cacoal, pouco foi feito pelo governo do Estado com relação à saúde pública. O ex-governador Confúcio Moura, hoje senador, que ocupou o cargo em dois mandatos seguidos, apesar de médico, não teve o cuidado necessário com a importante área. O Hospital Regional de Ariquemes, seu domicílio eleitoral continua sem solução de continuidade, com o pouco que foi feito em ruínas. O Hospital de Urgência e Emergência do Estado (Heuro) de Porto Velho, que tinha somente a placa e o local, às imediações do Hospital de Base, que teve as obras retomadas pelo governo Confúcio Moura. Foram investidos mais de R$ 45 milhões e tudo ficou limitado ao trabalho de terraplenagem.
O governador Marcos Rocha (UB), eleito em 2018, que se reelegeu em 2022 tem como uma das missões para o segundo mandato, o compromisso que Cassol e Confúcio não conseguiram realizar, que é construir o Heuro de Porto Velho. No último dia 4 foi emitida pela Prefeitura de Porto Velho, a liberação da licença de obras, que garante ao governo do Estado liberar a Ordem de Serviço (OS) para o início da etapa de obras da unidade hospitalar. O governador Marcos Rocha, disse que o primeiro módulo do Hospital deverá ser entregue, em até 10 meses.
A atual administração estadual caminhada com passos firmes e decididos. A reeleição em outubro de 2022 não foi por acaso, mas graças ao bom trabalho que Marcos Rocha, mesmo sendo um iniciante na política, pois nunca tinha ocupado cargo público-eletivo. Não há como negar o sucesso de projetos como o “Tchau Poeira”, de pavimentação asfáltica nas cidades e até distritos; “Governo na Cidade”, recuperação de logradouros públicos; “Porteira Aberta”, recuperação e readequação de estradas vicinais”; “Projeto Rondon”, coordenado pelo Ministério da Defesa (MD), que retorna ao Estado de Rondônia, este ano, que tem como objetivo fomentar a inclusão de estudantes universitários no processo de desenvolvimento sustentável local e promoção da cidadania são ações positivas de governo.
Projetos sociais desenvolvidos pela primeira dama Luana Rocha, que comanda a Secretaria de Estado de Ação Social (SEAS) também são fundamentais para o sucesso do governo estadual na área de saúde. Exemplos são o “Mamãe Cheguei” (kit enxoval para bebês) e “Crescendo Bem”, que garante R$ 100 mensais às famílias que tem crianças até 3 anos, e até 6 anos com deficiência, graças à parceria com o Governo Federal, via programa “Criança Feliz”.
Com a liberação da OS para a construção do Heuro de Porto Velho, o governo do Estado tem tudo para amenizar uma situação crítica de Rondônia, que é o sistema de saúde pública, que mais parece um carro velho, quando se troca uma peça e rapidamente surge outra danificada. Se realmente Rocha conseguir entregar o primeiro módulo do Heuro-PVH nos próximos dez meses, quem receber seu apoio para concorrer à sucessão municipal de Porto Velho não terá muitas dificuldades para se eleger, pois o Heuro da capital deixará de ser um sonho –quase– impossível para se tornar uma ação real e da maior importância para a saúde pública do Estado.
As cobranças também são muitas para a construção do HR de Ji-Paraná, em Vilhena, retomada da construção em Ariquemes e a conclusão em Guajará-Mirim, obra que se arrasta há mais de 20 anos. Mais desafios para o secretário de Saúde do Estado, Jefferson Rocha, que assumiu este ano vai vem realizando um trabalho eficiente, inclusive foi muito elogiado por deputados da Comissão de Saúde da Assembleia legislativa (Ale), onde ele esteve na semana prestando esclarecimentos que convenceram os parlamentares.