Publicada em 18/04/2023 às 10h51
Porto Velho, RO – Caso as notícias pulverizadas pela mídia nacional estejam corretas e haja de fato ao menos uma margem mínima de possibilidade de Jair Bolsonaro, ex-presidente, ser candidato ao Senado por Rondônia em 2026 pelo PL, Marcos Rogério, seu correligionário, que se cuide.
E mais do que ele, Confúcio Moura, do MDB.
O único que pode dormir em berço esplendido é Jaime Bagattoli, da mesma legenda de ambos, que tem a seu favor oito longos anos adiante.
O antigo morado do Palácio do Alvorada, noticiam portais como a Folha de S. Paulo e Correio Braziliense, teria confidenciado a aliados políticos e vontade de postular a Câmara Alto do País por algum reduto bolsonarista. E além dos flancos rondonienses também são cogitados o próprio Distrito Federal (DF) e Mato Grosso (MT).
A despeito de a chance ser remota em termos do estado mais ao Norte entre os três, o ex-chefe da União poderia criar entraves à reeleição de Marcos Rogério, seu aliado de primeira hora durante a gestão. Rogério, inclusive, alega se orgulhar de ser chamado de “Pit Bull de Bolsonaro”, como chancelou a versão online da VEJA, por exemplo.
A princípio, pode-se ter a impressão que a predileção da parte mais maciça do eleitorado regional favoreceria a ambos, de cara.
Lado outro, é necessário relembrar que apesar das duas vagas, e de haver a possibilidade de se votar justamente em dois nomes, o leque de adversários do espectro direitista deve aumentar sobremaneira.
E como a contenda é majoritária, os mais votados serão alçados ao Poder.
Por isso, a vontade dessa fatia significativa em votar primeiro em Bolsonaro, antes de qualquer coisa, e depois optar por credenciais que preservem os mesmos ideais poderá contribuir para a dificuldade no caminho de Rogério.
Em 2022, o senador licenciado aprendeu uma lição: ao exsurgir sem moderação alguma, o político afastado acabou dividindo votos do lado destro, mas afastando completamente pessoas do centro à esquerda.
Há muita água para rolar debaixo da ponte. São mais de três anos e meio de debate até que se comece a sentir de fato uma atmosfera de disputa eleitoral.
Porém, por ora, quem deve temer mesmo se as condições se estabelecerem como se desenham é Confúcio Moura, do MDB, que, arrastando asa para o PT, mas ainda meio “em cima do muro”, sem alardear demais o que pensa, acaba desagradando a gregos e troianos.
Logo, sua cadeira será, na visão deste jornal eletrônico, a mais difícil de manter.