Publicada em 27/04/2023 às 10h41
Porto Velho, RO – No texto intitulado “Ferrovia x asfalto na Amazônia”, Virgílio Viana, superintendente Geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAZ), fala sobre uma eventual ligação ferroviária entre Rondônia e o Amazonas, defendendo o meio de locomoção.
“Um dos maiores desafios para a redução do desmatamento na Amazônia é uma obra de infraestrutura. Trata-se da ligação entre Manaus e Porto Velho. Dependendo da decisão a ser tomada, podemos ter uma aceleração do desmatamento ou uma guinada rumo a uma economia verde e sustentável”, anota.
E acrescenta:
“Iniciada em 1968 e concluída em 1973, a BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, foi inaugurada oficialmente em 1976. Na década de 1980, essa rodovia ficou em péssimas condições e, desde então, é basicamente não trafegável, exceto nos poucos meses de seca, quando se torna uma aventura para poucos. Fiz essa jornada pela última vez em dezembro de 2021 e pude viver e ver de perto a situação”.
Ao fim do artigo, indica:
“Além disso, a ferrovia seria um modal adicional para a exportação da produção agropecuária do Acre, Rondônia e Mato Grosso pelo rio Amazonas e permitiria a conexão terrestre de Roraima e Amazonas com o restante do país”.
Para Virgílio Viana, “Com a ferrovia poderíamos sair do imobilismo das últimas décadas para uma solução moderna e compatível com um novo posicionamento do Brasil no cenário global. Necessitamos de sinais claros de que temos projetos para que o Brasil saia da posição de vilão do combate às mudanças climáticas para o papel de protagonista de um novo estilo de desenvolvimento, baseado na valorização da floresta em pé combinando desenvolvimento econômico com redução das desigualdades sociais. Essa agenda poderia unir diferentes segmentos da sociedade, independentemente de partidos políticos”.
E concluiu:
“Por tudo isso, creio que é urgente e necessário aprofundar os estudos e o debate sobre a ferrovia Manaus – Porto Velho. Essa ferrovia pode ser o caminho para mantermos acesa a chama da esperança de uma Amazônia próspera, inclusiva e resiliente às mudanças climáticas globais”, indicou.
VEJA NA ÍNTEGRA EM:
Ferrovia x asfalto na Amazônia