Publicada em 10/05/2023 às 09h43
O Congresso do Equador decidiu pela abertura de um processo de impeachment contra o presidente do país, Guillermo Lasso, nesta terça-feira (9/5). Com 88 votos a favor, os congressistas definiram pela ação política por suposto peculato cometido pelo chefe do Executivo.
Participaram da sessão desta terça 116 legisladores, dos 137 membros. Para aprovar a medida, era necessária a maioria simples do Congresso, ou seja, metade mais um dos parlamentares presentes, 59 legisladores, no caso.
Na sessão, a deputada Viviana Veloz (UNES), líder da oposição, defendeu que havia provas suficientes para o impeachment de Lasso. “Um presidente caído é um presidente liquidado (…) o povo merece justiça porque provamos a responsabilidade política do presidente”, afirmou.
Segundo os parlamentares, o presidente teria ignorado supostos desvios realizados por um contrato entre a empresa estatal de transporte de petróleo Flopec e uma instituição privada. Entretanto, Lasso alega que o contrato foi assinado em 2018, três anos antes dele assumir a cadeira presidencial.
O processo deverá ser encerrado com moção de censura e repúdio, que dependerá de 92 votos, o equivalente a dois terços do Congresso.
Guillermo Lasso
O presidente do Equador Guillermo Lasso foi eleito em abril de 2021 para comandar o Executivo do país com 52,52% dos votos válidos, contra 47,48% do economista de esquerda Andrés Arauz.
Ex-banqueiro, Lasso contou com o apoio de empresários e da direita tradicional para ocupar o governo.