Publicada em 22/05/2023 às 14h59
A esposa do jornalista Julian Assange, Stella Assange, disse que a vida do ativista está “nas mãos do governo australiano”. Ela pediu que o país comandado por Anthony Albanese interceda pelo marido, detido em uma prisão de segurança máxima do Reino Unido.
“É importante reconhecer que a Austrália desempenha um papel importante e pode garantir a libertação de Julian”, disse Stella ao National Press Club, em Washington (EUA), nesta segunda-feira (22/5).
O pedido de Stella Assange acontece dias após comentários do primeiro-ministro da Austrália sobre a prisão do fundador do WikiLeaks. Segundo Anthony Albanese, não há “nada a ser servido” em manter a prisão de Julian Assange, e afirmou que a Austrália trabalha por meio da diplomacia, “deixando muito claro qual é a nossa posição sobre o caso”.
O fundador do WikiLeaks está preso desde 2019, em Londres, acusado pelos EUA de espionagem por revelar crimes de guerra praticados pelo país. No ano passado, autoridades do Reino Unido autorizaram a extradição de Assange, que pode ser condenado a uma pena de até 175 anos por revelar documentos militares secretos dos norte-americanos.
Em 2010, Julian Assange revelou ao mundo crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos nos conflitos do Iraque e Afeganistão. Após a publicação dos cerca de 250 mil arquivos, o jornalista passou a ser acusado por ao menos 18 crimes relacionados à espionagem pelo governo norte-americano.