Publicada em 22/05/2023 às 14h32
A polícia de Portugal vai fazer uma busca na terça-feira (23) em uma represa onde pode estar o corpo de Madeleine McCann, uma menina inglesa que tinha 3 anos quando desapareceu, em 2007, durante férias no país.
Havia anos que a polícia portuguesa não fazia nada para tentar investigar o caso. Essa operação, na verdade, só acontece por pressão de autoridades da Alemanha (veja abaixo qual é a relação dos alemães com a história da menina inglesa que desapareceu em Portugal).
Um porta-voz dos bombeiros informou que as buscas devem começar em uma represa na região de Algarve, a cerca de 50 quilômetros de distância do resort onde a família de Madeleine passava férias quando a menina sumiu.
Duas tendas foram erguidas perto da represa já nesta segunda-feira, na cidade de Silves.
Apesar de estarem se preparando para a operação, as autoridades portuguesas afirmam, sob condição de anonimato, que não têm esperanças de encontrar o corpo de Madeleine. Uma pessoa ligada às investigações em Portugal que pediu para não ser identificada afirmou à agência Reuters que a busca não vai dar em nada.
Suspeito alemão
No ano passado, a polícia alemã identificou um suspeito no caso, o alemão Christian Brueckner.
Brueckner, um condenado por abuso de crianças e traficante, está atrás das grades na Alemanha por ter estuprado uma mulher de 72 anos na mesma zona do Algarve de onde Madeleine desapareceu.
A polícia alemã disse, em junho de 2020, que Madeleine foi dada como morta e que Brueckner provavelmente foi o responsável por isso. Brueckner negou qualquer envolvimento e não foi acusado de nenhum crime relacionado ao sumiço de Madeleine.
Um tribunal alemão rejeitou no mês passado acusações adicionais contra ele relacionadas a outros casos portugueses de estupro e agressão sexual. Por questões legais, esses outros casos permitiam que os promotores alemães investigassem o desaparecimento de Madeleine.
Os pais de Madeleine
Os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, foram interrogados pela polícia portuguesa como suspeitos formais em 2007, mas a polícia desistiu da investigação no ano seguinte, alegando falta de provas, e os inocentou de qualquer envolvimento.
Desde então, os pais fizeram campanha para chamar a atenção para o desaparecimento de sua filha, e figuras públicas britânicas, de magnatas de negócios a autores e estrelas do futebol, fizeram apelos por informações.