Publicada em 10/05/2023 às 13h48
O Papanicolau, popularmente conhecido como exame preventivo, é um dos principais métodos para a detecção precoce do câncer do colo do útero e está disponível em todas as unidades de saúde de Porto Velho. No entanto, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), a capital registra baixo índice de procura pelo procedimento.
O preventivo é feito em todas as unidades da zona rural e urbana, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, com exceção da Vila Princesa e Santo Antônio, que fecham às 12h. Para realizar o agendamento, a população deve procurar a unidade mais próxima de casa tendo em mãos o cartão do SUS e um documento oficial com foto.
O exame é simples e rápido, feito através da coleta de uma amostra do material do colo uterino, e busca de detectar a presença de alterações no aspecto das células e obter o diagnóstico precoce de lesões cancerígenas presentes no colo do útero.
Ana Emanuela, enfermeira e subgerente do núcleo de saúde da mulher da Semusa, conta que em Porto Velho, 90% das pessoas entre 25 e 64 anos, que deveriam ter feito o preventivo, ainda não realizaram o exame este ano.
Ana Emanuela, subgerente do núcleo de Saúde da Mulher
“Qualquer pessoa com útero pode e deve fazer o exame preventivo, mas o Ministério da Saúde recomenda que seja priorizada essa faixa etária, já que a incidência de câncer é maior nestes casos”, afirma.
Outra medida eficaz para a prevenção do câncer do colo do útero é a vacinação contra o HPV para a população de 9 a 14 anos. O imunizante também está disponível na rede municipal, por meio da aplicação de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.
“A vacinação é uma das medidas que previne consideravelmente a incidência e a ocorrência do câncer do colo do útero. Nosso objetivo é que essas pessoas estejam imunizadas contra o HPV, que é o principal causador do câncer do colo do útero, antes do início da sua vida sexual. E, após o início da atividade sexual, a realização do preventivo de câncer de colo de útero periodicamentel”.
A enfermeira explica ainda que, desde que não haja nenhuma alteração no exame, a rotina pode ser mantida de forma anual. No entanto, caso exista alguma lesão inicial, o recomendado é que o exame seja feito a cada seis meses, para o monitoramento dos sintomas. Em caso de alterações no exame preventivo, os pacientes são encaminhados para atendimento com especialistas no Centro de Referência de Saúde da Mulher, que oferta outros exames para o acompanhamento e diagnóstico da lesão.
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