Publicada em 17/05/2023 às 15h45
"Junto com o Papa Francisco, junto com a Ucrânia, devemos perguntar: como criar a paz? Não podemos aceitar passivamente que a guerra de agressão continue nesse país", disse Parolin no encontro do Conselho da Europa de chefes de Estado e de governo em Reykjavik, na Islândia.
"É o povo ucraniano que está morrendo e sofrendo. É hora de tomar iniciativas para criar uma paz justa na Ucrânia e em todas as chamadas áreas cinzentas da Europa. Asseguro que a Santa Sé continuará fazendo a sua parte", acrescentou o cardeal.
No sábado, o Papa se encontrou no Vaticano com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com foco na situação humanitária e política na Ucrânia causada pela invasão russa.
"Ambos concordaram com a necessidade de continuar os esforços humanitários de apoio à população", disse o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.
"O Papa destacou especialmente a urgência de gestos de humanidade em relação às pessoas mais vulneráveis, as vítimas inocentes do conflito".
Zelensky disse posteriormente à Rai TV que qualquer plano de paz para acabar com a guerra com a Rússia deve ser ucraniano, não do Vaticano, embora estivesse muito interessado em envolver a Santa Sé em sua fórmula para a paz.
Em abril, o Papa anunciou uma missão de paz do Vaticano na Ucrânia, cujo conhecimento Kiev e Moscou inicialmente negaram.
"Com todo o respeito a Sua Santidade, não precisamos de mediadores, precisamos de uma paz justa", disse Zelensky à RAI.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os dados mais recentes da ONU, que classifica essa crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).