Publicada em 09/06/2023 às 15h05
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, proibiu o suicídio no país. O ato de tirar a própria vida seria uma “traição contra o socialismo”, segundo relatórios obtidos pelo jornal britânico Daily Mirror.
De acordo com o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul, houve um aumento de suicídios no país comunista. O número teria subido 40%, em comparação com o ano passado.
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“Houve muitos fatores de agitação interna no país, em razão das dificuldades das pessoas”, informou a agência sul-coreana. Apenas na cidade de Chongjin e no condado de Kyongsong, por exemplo, houve 35 casos de suicídio neste ano.
Conforme a Rádio Free Asia, Kim Jong-un informou todas as regiões do país sobre as novas regras.
A crise na Coreia do Norte
As mortes por fome no país asiático triplicaram em apenas um ano, segundo o Daily Mirror. Outro jornal britânico, o The Sun, informou que as mortes por suicídio tiveram um impacto ainda maior.
“Apesar da política de prevenção do suicídio ratificada pelo secretário-geral [Kim Jong-un], os políticos não conseguiram encontrar uma solução adequada”, disse uma fonte ao The Sun. “A maioria dos suicídios foi causada por extrema pobreza e fome. Então, ninguém pode propor uma contramedida agora.”
A Coreia do Norte lidera o ranking de dez países com mais pessoas em escravidão moderna, segundo o estudo Global Slavery Index, divulgado em maio deste ano.
O conceito de escravidão moderna integra pessoas em trabalho forçado, casamento forçado, servidão por dívida, exploração sexual, venda e exploração de crianças. O país de Kim Jong-un tem mais de cem pessoas em escravidão moderna a cada mil habitantes.