Publicada em 12/06/2023 às 15h08
"Segundo informações atualizadas, a explosão ocorrida na noite passada destruiu uma locomotiva do inimigo em uma estação. Os russos utilizam esse equipamento para transportar combustível para a frente de batalha", escreveu o prefeito ucraniano Ivan Fedorov em sua conta na plataforma digital Telegram.
De acordo com Fedorov, a explosão ocorreu na própria cidade de Melitopol.
Em 22 de abril, outra locomotiva teve o mesmo destino, na mesma estação, informou o prefeito, acrescentando que esse tipo de acidente mina a capacidade do exército russo de abastecer a linha de frente com combustível.
Nos últimos meses, a Ucrânia intensificou seus esforços para destruir infraestruturas logísticas russas nos territórios ocupados, por meio de ações de sabotagem ou utilizando mísseis de precisão fornecidos ao governo de Kiev por seus aliados ocidentais.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia já causou até o momento a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os dados mais recentes da ONU, que classifica essa crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa, justificada pelo presidente russo Vladimir Putin pela necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia visando a segurança da Rússia, foi condenada pela maioria da comunidade internacional, que tem respondido enviando armas para a Ucrânia e impondo sanções políticas e econômicas à Rússia.
A ONU relatou como confirmados desde o início da guerra, que hoje completa seu 474º dia, 8.983 civis mortos e 15.442 feridos, destacando que esses números estão muito aquém da realidade.