Publicada em 29/06/2023 às 09h21
O general russo Sergei Surovikin foi preso para prestar esclarecimentos, segundo fontes do jornal The Moscow divulgadas nesta quarta-feira (28/6). O militar era próximo ao líder mercenário Yevgeny Prigojin e foi citado por fontes norte-americanas como tendo informações sobre o plano de motim do grupo Wagner.
Surovikin não é visto em público desde sábado (23/6), quando o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, lançou uma rebelião armada contra a liderança militar da Rússia.
Fontes ligadas ao Ministério da Defesa informaram que o general russo teria escolhido o lado do grupo de mercenários durante rebelião. Não se sabe ao certo o paradeiro do militar, mas a situação mais provável é de que ele teria sido encaminhado para o centro de detenção Lefortovo, em Moscou.
Segundo blogueiros militares russos, Surovikin não entra em contato com a família há pelo menos três dias.
O nome do general apareceu na imprensa Ocidenteal, nessa terça-feira (27/6), quando New York Times afirmou que Sergei Surovikin teria informações sobre o motim mercenário antes mesmo dele acontecer, de acordo com fontes da inteligência norte-americana.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou a informação norte-americana como “especulação” e “fofoca” e sugeriu que Putin não cedeu às exigências de Prigozhin para uma possível remodelação do alto escalão do Exército russo.
Grupo Wagner
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, confirmou que o chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, chegou ao país. O líder bielorusso uma área militar abandonada para que eles pudessem se abrigar.
O fundador da força mercenária afirmou que a ação do grupo era contra os militares russos e não uma tentativa de golpe militar, mas sim uma “marcha por justiça”.
Prigozhin também acusou o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, de ordenar que dois mil corpos de combatentes do Grupo Wagner fossem escondidos em um necrotério na Rússia.