Publicada em 28/06/2023 às 09h50
Uma mudança no sistema de contagem de idade na Coreia do Sul deixou milhares de habitantes até dois anos “mais jovens”. O país passou a adotar a contagem internacional, usada na maioria dos países.
A alteração, aprovada pelo parlamento sul-coreano, em dezembro de 2022, busca reduzir custos sociais provocados pelos padrões mistos de idade. A medida era um dos compromissos de campanha do presidente Yoon Suk-yeol, eleito no ano passado.
Na Coreia do Sul, três sistemas de idade são utilizados. A “idade internacional” é o mesmo sistema usado no Brasil, por exemplo. A contagem começa do zero, com o nascimento, e os aniversários ocorrem na mesma data.
O sistema da “idade coreana” é usado pela maioria dos sul-coreanos quando perguntados sobre a idade. Com origem na China, ele considera os bebês com 1 ano quando nascem, e a idade aumenta em 1º de janeiro, independentemente do mês de nascimento.
Em alguns casos, esse sistema deixa os sul-coreanos até dois anos “mais velhos” que a idade internacional.
O terceiro sistema é chamado “idade de calendário” e mistura os dois anteriores. A contagem começa do zero quando os bebês nascem, mas aumenta em 1º de janeiro.
A padronização da “contagem internacional” encerra anos de debate sobre o tema no país. Em pesquisa realizada pelo Ministério da Legislação Governamental, 86,2% dos sul-coreanos disseram preferir a adoção da idade internacional.
Os outros dois sistemas, no entanto, devem continuar a ser utilizados por parte da população, no dia a dia, e em situações pré-definidas.
Casos como o alistamento militar e o ingresso no ensino fundamental continuam considerando o ano de nascimento, independentemente do mês. “O governo decidiu conter essas exceções, pois é mais fácil administrar essas questões anualmente”, explicou o ministro da Legislação Governamental, Lee Wan-kyu.
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