Publicada em 06/06/2023 às 10h00
Porto Velho, RO – Pode-se discordar de suas ações e posicionamentos ideológicos, mas há um fato impossível de contestar sem invencionice: a dupla Marcos Rocha, do União Brasil, governador do Estado, e Hildon Chaves, da mesma legenda, prefeito da Capital, forma uma equipe difícil de superar no tabuleiro eletivo.
Isolados – cada um correndo em sua própria esteira –, foram eleitos apresentando cartões de visitas singulares; em 2016, Chaves, à época ainda tucano, desbancava série de adversários conhecidos do grande público, sagrando-se ele, a novidade, como regente do Executivo municipal.
Dois anos depois, Rocha, na mesma toada, se firmou praticamente do mesmo jeito, se esgueirando timidamente na etapa inicial do pleito.
Se no começo era possível desconfiar de suas performances, quatro anos depois foram testados pela população mais uma vez, e aí, cada uma deles, sem a opção de se escorar em quem quer que seja.
A avaliação foi feita em cima do trabalho prático, das realizações, do feedback palpável.
Além disso, as boas relações político-institucionais de ambos geraram arrimo forte o suficiente com força para reconduzi-los. Agora, aliados, têm um arcabouço forte o suficiente para contagiar o eventual sucessor de chaves no Prédio do Relógio com toda essa envergadura catalisada ao longo de anos no Poder.
Rocha já declarou seu “amor”, no sentido político, à ex-deputada federal Mariana Carvalho, do Republicanos, destronada em 2022 pelo pecuarista Jaime Bagattoli na corrida pelo Senado Federal.
Já o alcaide da Capital, lado outro, prefere manter uma postura mais silente em relação a escolhas antecipadas demais, nutrindo, ainda mais, o cenário de “tudo pode acontecer” inserido num contexto democrático.
Como o Rondônia Dinâmica já adiantou em editorial, a batalha pela Prefeitura de Porto Velho ano que vem deve sagrar-se na História como uma das maiores já vistas. Especialmente levando em conta o número de concorrentes observado em 2020.
Também é necessário recordar a famosa frase de Magalhães Pinto: "Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou....”.
Logo, a despeito do oba-oba girando em torno, neste exato momento, de Mariana Carvalho, há muita água para rolar debaixo da ponte. Ela, que conta também com apoio maciço de Igreja Universal do Reino de Dues (IURD), inclusive.
Entretanto, sua primeira grande provação será conservar essa aliança ainda velada da dupla Rocha-Chaves, que, no fim das contas, servirá como verdadeiro fiel da balança na hora de desequilibrar o pleito, muito provavelmente a favor da ex-congressista.