Publicada em 29/06/2023 às 16h14
"Em uma operação antiterrorista em solo iraniano, a Mossad capturou o líder de uma célula", chamado Yusef Shahabazi, "que forneceu aos seus investigadores informações detalhadas que permitiram o desmantelamento da célula", asseguraram os serviços secretos israelenses.
A revelação é considerada muito rara, já que a Mossad geralmente atua com o máximo sigilo e raramente revela suas operações no exterior.
O Irã, arqui-inimigo de Israel, denunciou no passado vários grupos e operações ligadas à Mossad, e também acusou Israel de realizar assassinatos e ações que mataram cientistas nucleares e autoridades militares em território iraniano.
Agora, a Mossad divulgou até mesmo um vídeo em que Shahabazi confessa detalhes sobre sua viagem a Chipre e planos para cometer um assassinato.
As informações foram repassadas aos serviços de segurança cipriotas, que desmantelaram a célula iraniana, com a Mossad prometendo que "continuará tomando medidas decisivas para evitar ataques contra judeus e israelenses em todo o mundo".
No domingo, a mídia cipriota informou sobre os preparativos de um ataque, frustrado pelos serviços secretos locais com alegada colaboração de Israel e Estados Unidos, atribuindo-o ao Corpo da Guarda Revolucionária do Irã, considerado uma "organização terrorista" por Washington e vários países.
Israel e o Irã estão envolvidos em uma guerra encoberta que inclui ciberataques, supostos assassinatos e sabotagens a navios e instalações nucleares iranianas, embora nenhum dos países tenha reconhecido publicamente essas ações.
O Conselho de Segurança Nacional de Israel advertiu este ano que Chipre e a Grécia são países onde podem ocorrer ataques contra judeus e israelenses.
O Estado de Israel também tem atacado posições militares iranianas ou de milícias aliadas na Síria há vários anos para tentar contrariar sua presença na região.