Publicada em 22/06/2023 às 11h08
Shmyhal adiantou que, até o final deste ano, o país pretende aplicar todas as diretrizes e sete recomendações europeias e concluir os procedimentos de autoavaliação da legislação ucraniana com base na legislação e diretrizes europeias.
"Estaremos completamente prontos para as negociações e os processos de adesão à UE. Acredito que estamos progredindo muito rapidamente e não estamos pensando em décadas ou 10 anos", afirmou aos jornalistas.
Sobre a adesão à OTAN, o chefe de governo enfatizou a importância não apenas para o país, mas também para o resto da Europa, em resposta a uma pergunta sobre se achava que o processo levaria dez ou mais anos.
"A adesão da Ucrânia à OTAN é crucial para a segurança europeia futura. Portanto, acredito que o processo não levará tanto tempo como mencionou, mas será muito mais rápido", previu.
Shmyhal espera que, durante a cúpula em Vilnius, Lituânia, em 11 e 12 de julho, "os aliados sejam muito específicos sobre as condições e datas de suas mensagens".
"Devo dizer que o exército ucraniano é agora um exército da OTAN. Estamos lutando com armamentos da OTAN, estamos seguindo as normas da OTAN, nosso exército é treinado em países da OTAN. Portanto, de fato, o exército ucraniano está totalmente preparado de acordo com as normas da OTAN", argumentou.
Questionado também sobre o andamento da contraofensiva ucraniana, o primeiro-ministro reiterou as palavras do presidente, Volodymyr Zelensky, de que não será fácil nem rápido.
Nas últimas duas semanas, o exército ucraniano recuperou oito aldeias, mais de 113 quilômetros quadrados e avançou sete quilômetros na linha de frente, o que considera "bons resultados".
"Para nós, cada vida é muito importante", enfatizou, acrescentando que a Ucrânia está lutando de acordo com os padrões da OTAN.
"Protegemos todos os nossos soldados e realizaremos operações ofensivas muito inteligentes e, portanto, pode levar algum tempo, mas temos a intenção de avançar. Todos devemos ter paciência e veremos os resultados", ressaltou.
A Conferência Internacional sobre a Recuperação da Ucrânia (URC 2023), que começou na quarta-feira e termina hoje em Londres, buscou arrecadar doações e apoio para a reconstrução do país após a invasão militar russa iniciada em 2022.
A URC 2023 contou com mais de mil participantes inscritos de pelo menos 60 países, incluindo cerca de 40 em nível ministerial, bem como líderes de organizações internacionais, representantes da sociedade civil e líderes empresariais.