Publicada em 13/06/2023 às 16h23
O curso é voltado para graduados que se interessem por pesquisas na área da Comunicação, não sendo exclusivos para estudantes formados neste campo do conhecimento. A intenção é que o curso funcione a partir de 2024, com edital sendo publicado, se possível, ainda em 2023. A previsão é que a primeira turma receba até 12 estudantes de diversas áreas.
A seleção será realizada por uma comissão específica, que vai avaliar os candidatos em três etapas: (1) Avaliação do projeto de pesquisa, de caráter eliminatório; (2) Prova escrita de conhecimentos científicos em língua portuguesa, sobre o campo da Comunicação, de caráter eliminatório; (3) Entrevista a partir do projeto de pesquisa e do currículo Lattes, de caráter classificatório.
O mestrado em Comunicação preenche uma lacuna que existia na região, pois não é apenas o primeiro curso deste nível em Rondônia, mas também porque o mais próximo ficava em Cuiabá, há mais de mil quilômetros de distância. A maior parte das sedes das redes de comunicação de Rondônia está em Porto Velho, capital do estado, e agora os profissionais da área poderão se aperfeiçoar ainda mais.
"Esse desejo de qualificar a comunicação em Rondônia, a partir da qualificação dos profissionais, moveu também o curso de Jornalismo de Vilhena para Porto Velho. Esse sempre foi nosso foco, crescer e melhorar cada vez mais, oferecendo o que de melhor temos para a comunidade rondoniense", afirmou o coordenador da proposta, o professor doutor Allysson Martins.
A principal missão do mestrado em Comunicação da UNIR é formar e qualificar profissionais que atuam em meios de comunicação e demais organizações públicas e privadas para que estejam aptos à reflexão e à ação nos mais diversos contextos comunicacionais da Amazônia Sul-Ocidental brasileira. Isso deve ser feito a partir da pesquisa focada nos processos e subjetividades concernentes às nossas diversas realidades, levando-as em conta na prática cotidiana a fim de transformá-las.
Linhas de pesquisa –Com o objetivo de contribuir com a produção de conhecimentos e com a formação de agentes críticos aptos a intervir e refletir sobre os processos de comunicação da região, articulando contextos globais e locais, o curso possui duas linhas de pesquisa aos quais os professores estão vinculados e os estudantes devem ingressar. A primeira linha trata dos "Processos Regionais de Comunicação", enquanto a segunda foca nos "Sujeitos Comunicacionais".
A primeira linha se concentra em discussões de cunho teórico e metodológico acerca das práticas interacionais e das produção de sentido, especialmente considerando as populações amazônidas e as suas mais diversas composições. As pesquisas aqui investigam a produção de discursos, imagens e narrativas decorrentes de diferentes contextos comunicacionais e midiáticos, em intersecção entre disputas de poder engendradas pelas transformações sócio- local, regional e global. Os professores da linha "Processos Regionais de Comunicação" são Allysson Martins, Carlos Trubiliano, Edson Modesto, Rafael Martins e Sandro Colferai.
Já a linha "Sujeitos Comunicacionais" enfatiza estudos que interpretam os processos de subjetivação, a dimensão identitária e representativa dos sujeitos culturais e das suas diferenças no campo comunicacional. As pesquisas compreendem como sujeitos comunicacionais as mais diversas formas de vida, pessoas, grupos, instituições e organizações, vinculados às práticas, às narrativas e aos discursos de povos indígenas, comunidades quilombolas, mulheres, pessoas negras, LGBTQIAP+ e sujeitos implicados nos conflitos socioambientais. Os docentes desta linha são Emerson Pessoa, Evelyn Conde, Francisco Mendonça Junior, Juliano Araújo, Rodrigo Casteleira e SamiloTakara.
Interdisciplinaridade – Esse corpo docente com 11 professores é formado por doutores de diversas áreas, com 7 deles atuando prioritariamente na graduação de Jornalismo, vinculado ao Departamento de Comunicação. A formação diversa permite um diálogo com outras áreas e campos do conhecimento científico, como Cinema, Ciências Sociais, Educação, Letras, História, Ciência da Informação, entre outras.
O mestrado em Comunicação possui uma relevante integração com a graduação, sobretudo com o curso de Jornalismo, ao qual a maior parte dos docentes está vinculado. A relação pode acontecer, por exemplo, em disciplinas optativas que possuem ementas livres para os professores aprimorarem os trabalhos realizados na pesquisa ou ainda explorar novos caminhos teóricos em que estejam se debruçando, permitindo que o estudante de graduação se mantenha diretamente em contato com o conhecimento científico mais qualificado.
Para funcionarem, os mestrados precisam ser aprovados pelo Ministério da Educação do Brasil via sua Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a Capes. E foi esta aprovação que a UNIR recebeu para o mestrado em Comunicação, necessitando agora apenas realizar os trâmites internos. O curso passa a compor o rol de mais de 20 cursos pós-graduações stricto sensu da UNIR, sendo o primeiro do estado de Rondônia nesta área.