Publicada em 03/06/2023 às 09h48
Porto Velho, RO – Votações em Brasília demonstram que a bancada federal de Rondônia ainda se posiciona majoritariamente contra o governo Lula, do PT.
Cem por cento dos deputados federais, por exemplo, se posicionaram a favor do marco temporal das terras indígenas, contribuindo para a derrota da posição em relação ao tema.
O Ministério Público Federal (MPF) alertou, antes das deliberações, que "Se aprovada, a tese do marco temporal consolidaria inúmeras violências sofridas pelos povos indígenas, como as remoções forçadas de seus territórios, os confinamentos em pequenos espaços territoriais e os apagamentos identitários históricos", alegou a instituição.
A ala governista agora batalha para encampar a alegação de inconstitucionalidade na seara judicial, ou seja, por meio do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por outro lado, sobre a Medida Provisória (MP) dos Ministérios, onde Lula sagrou-se vencedor junto a seu grupo, houve dissidências. Lúcio Mosquini, do MDB; e Lebrão, do União Brasil, se manifestaram a favor, registrando o voto "sim".
Coronel Chrisóstomo, do PL; Fernando Máximo, do União Brasil; Cristiane Lopes (União Brasil) e Thiago Flores (MDB) se posicionaram de maneira contrária à demanda, indicando o "não" na matéria. Maurício Carvalho, do União Brasil; e Sílvia Cristina, do PL, não registraram voto.
No Senado, apenas o emedebista Confúcio Moura andou de mãos dadas com o governo Lula; o pecuarista Jaime Bagattoli, do PL, e Samuel Araújo, do PSD, torceram o nariz.
Em suma, por uma questão tanto ideológica como eleitoral, o maior grupo representativo local dentro do Congresso Nacional será sempre contra as sinalizações dos atuais mandatários do Palácio do Planalto.
E com o retorno de Marcos Rogério cada vez mais próximo, levando em conta que Araújo – seu substituto temporário – não conta com a mesma veia artística em termos de comunicação, a tendência é haver um fortalecimento do bolsonarismo regional como ferramenta de oposição.
Com isso, as eleições de 2024 vão se delineando no horizonte, com pano de fundo já registrado com um pezinho em 2026.
O eleitor deve se atentar a quem está utilizando discursos vazios ou praticando, de fato, o que prega. Parece muito, mas falta muito pouco para a sociedade ir às urnas novamente.