Publicada em 04/07/2023 às 09h14
Um dia depois de Israel fazer uma operação ofensiva na Cisjordânia que resultou em 10 mortos, um motorista palestino atropelou, esfaqueou e atirou pessoas no centro de Tel Aviv. O total de feridos chega a pelo menos sete. A polícia local fala em terrorismo.
A agência de notícias Shehab deu espaço para um porta-voz do grupo terrorista Hamas, que afirmou que os ataques “foram a primeira resposta ao crime de ocupação contra nosso povo no campo (de refugiados) em Jenin”.
“A ocupação pagará o preço pelos crimes cometidos contra Jenin. Foi a primeira resposta ao crime de ocupação contra nosso povo no campo (de refugiados) em Jenin”, afirmou Hazem Qassem à Shehab.
A neutralização do autor do ataque é atribuída, nas redes sociais, a um civil armado, e o jornal Haaretz considera a morte dele. Um porta-voz da polícia local afirmou que suspeita que os ataques foram cometidos pelo mesmo autor, e o governo israelense ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Ofensiva israelense
Nessa segunda-feira (4/7), em uma das maiores operações militares nos últimos anos, Israel iniciou uma grande ofensiva aérea e terrestre na cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia. Pelo menos oito palestinos foram mortos, de acordo com autoridades do território ocupado, enquanto as Forças de Defesa de Israel disseram ter como alvo um importante centro de comando do grupo militante Brigadas de Jenin no campo de refugiados do local.
Em comunicado enviado ao Metrópoles, a embaixada de Israel explicou que a operação foi direcionada à “infraestrutura terrorista e agentes do terrorismo que lá se instalaram”.
“A operação antiterrorista é resultado de informações de inteligência que revelaram o uso de um prédio em Jenin – próximo de escolas e de instalações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados – como centro de comando operacional conjunto para o Campo de Jenin e para as operações da ‘Brigada de Jenin’, célula terrorista local da Jihad Islâmica”.