Publicada em 12/07/2023 às 14h47
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu nesta quarta-feira (12/7) que os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) permanecerão unidos e “não vão fraquejar” no apoio à Ucrânia durante a guerra contra a Rússia. O líder norte-americano discursou no encerramento da Cúpula da Otan em Vilnus, na Lituânia.
“A Otan está mais forte, mais energizada e mais unida do que em qualquer outro momento da história”, declarou Biden.
“Este é o chamado das nossas vidas. A nossa união não vai fraquejar, eu prometo. Eu olho pra o mundo de hoje, um mundo de guerra, perigo de competição e incertezas. Mas eu também vejo que este é um momento de oportunidades sem precedentes para paz, prosperidade e igualdade.”
Biden defendeu que a guerra deve terminar em “termos justos” – sem permitir que a Rússia anexe o território ucraniano por vias militares.
Os líderes de todos os países-membros da Otan estão reunidos desde terça-feira (11) em Vilnius, na Lituânia, para uma das principais cúpulas do bloco. No encontro, os líderes da aliança validaram a entrada da Suécia no bloco e reforçaram o apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia.
A guerra no Leste Europeu promoveu um renascimento da aliança militar, com o retorno da Rússia como o grande inimigo dos aliados. A adesão da Ucrânia ao bloco foi um dos motivos elencados por Moscou para enviar as tropas para o país vizinho.
No discurso, Biden pediu ainda que as nações aliadas mantenham o mesmo espírito de união que têm apresentado para defender a Ucrânia na guerra para lutar por outros ideais comuns do grupo.
“Só vamos alcançar nossos objetivos se fizermos isso juntos. Temos que ter o mesmo espírito de união, propósito comum e integridade que temos demonstrado na agressão da Rússia à Ucrânia e trazer mais parceiros para perto, enquanto continuamos a trabalhar para construir o mundo em que queremos viver”, pediu.
Ucrânia na Otan
Na manhã desta quarta (12), antes do discurso, Biden se reuniu com o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky.
A relação entre o chefe da Casa Branca e Zelensky foi estremecida após Biden defender que a adesão de Kiev à aliança militar deveria ser adiada. O ucraniano, no entanto, reclamou da demora ao chamar o processo de “absurdo e sem precedentes”.
Durante os dois dias de cúpula, os 31 países membros prometeram que mantém o apoio à adesão de Kiev à Otan, no entanto, não deram clareza sobre quando isso aconteceria. A aliança criou um conselho especial para dar à Ucrânia voz semelhante aos estados-membros em questões estratégicas, especialmente ligadas à segurança.
Embora não tenham oferecido um cronograma oficial para a entrada ucraniana no grupo, Zelensky concordou com a abertura do conselho e reconheceu que uma provável adesão não será possível antes do fim dos combates no Leste Europeu.