Publicada em 17/07/2023 às 08h50
A previsão de meteorologistas é a de que países da América do Norte, Europa e Ásia registrem novos recordes de temperatura nesta semana, por causa da onda de calor extremo que atinge o hemisfério norte .
Neste domingo (16/7), durante a missa celebrada pelo Papa Francisco, no Vaticano, aproximadamente 15 mil pessoas enfrentaram temperaturas sufocantes e usaram guarda-sóis e ventiladores na tentativa de amenizar o clima.
Devido ao calor escaldante, um incêndio florestal destruiu parte do Noroeste da ilha espanhola de La Palma nesse sábado (15/7). Autoridades evacuaram a região, mas bombeiros ainda trabalham no combate às chamas.
O incêndio em La Palma também deve impactar outras regiões da Europa, segundo autoridades locais.
Os países do Sul da Europa devem ser afetados por uma onda de alta pressão vindo do Norte da África. As temperaturas podem ultrapassar os 48,8ºC, recorde estabelecido no verão europeu na Sicília (Itália) em agosto de 2021.
A Agência Espacial Européia (ESA) alertou que a próxima semana pode trazer as temperaturas mais altas já registradas no continente em uma onda de calor batizada de Caronte, em homenagem ao barqueiro mitológico grego que transportava almas para o submundo.
A nova onda de calor é causada principalmente pelo agravamento das mudanças climáticas, provocadas pela emissão de gases de efeito estufa e destruição das reservas nativas.
Mercedes VansGaranta mais potência para o seu negócio.
América do Norte
O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos pediu para que a população evite sair de casa em horário de maior emissão de raios solares, entre 11h e 18h.
“As temperaturas atingirão níveis que representam um risco à saúde e são potencialmente mortais para qualquer pessoa sem resfriamento eficaz e/ou hidratação adequada. O calor é o principal assassino relacionado ao clima nos EUA.”
Mais de 110 milhões de norte-americanos estão sob alerta de calor excessivo. Incêndios florestais atingem boa parte de Los Angeles, na Califórnia, onde os bombeiros tentam impedir que as chamas avance para outras regiões.
Ásia
No Japão, as autoridades emitiram alertas de insolação para milhões de pessoas em 20 de suas 47 províncias. As altas temperaturas no país asiático destruíram parte da vegetação nativa. Além disso, chuvas fortes colocam em risco algumas regiões japonesas.
A temperatura mais alta já registrada no Japão foi de 41,1ºC em 2018, na cidade de Kumagaya. A expectativa da agência meteorológica do país é que esse recorde seja superado nas próximas semanas.
África
No Norte da África, o Marrocos também deve bater novos recordes de temperatura. Em algumas províncias marroquinas, os termômetros superaram os 47ºC neste fim de semana e autoridades locais estão em alerta sobre uma possível escassez de água.