Publicada em 22/07/2023 às 09h31
Estes disparos parecem ser uma nova provocação à chegada à Coreia do Sul de um submarino norte-americano e ao encontro entre Seul e Washington.
De acordo com a agência de notícias Yonhap, o lançamento ocorreu por volta das 04h00 (19h00 em Lisboa) e ocorre três dias depois do lançamento de dois mísseis balísticos, desta vez em direção ao mar do Japão, na costa oposta.
A inteligência sul-coreana e norte-americana está a analisar estes lançamentos, sendo até agora desconhecidos outro tipo de detalhes, explicou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em comunicado.
O Exército sul-coreano tinha explicado esta quarta-feira que os dois mísseis balísticos disparados pela a Coreia do Norte "pousaram no mar do Leste após voarem cerca de 550 quilómetros cada".
Os lançamentos da Coreia do Norte no início da semana ocorreram poucas horas depois da primeira reunião do chamado Conselho de Consulta Nuclear (NCG) entre Seul e Washington.
Após a sessão, o coordenador para o Indo-Pacífico do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Kurt Campbell, anunciou a chegada a Busan, a cerca de 350 quilómetros a sudeste de Seul, do submarino USS Kentucky, um submarino de propulsão atómica com capacidade para transportar armas nucleares, o primeiro deste género a visitar a Coreia do Sul em cerca de 40 anos.
O Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Norte já tinha condenado o plano dos EUA de enviar o submarino para a Coreia do Sul.
Depois, Kim Yo-jong, irmã do líder Kim Jong-un, acusou os EUA de realizar incursões no espaço aéreo norte-coreano e, em 12 de julho, o regime lançou o seu mais sofisticado míssil balístico intercontinental (ICBM), o Hwasong-18.
O teste foi condenado pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
A ONU destacou que esse míssil testado na semana passada aterrou nas águas da zona económica exclusiva da Rússia e que aqueles 75 minutos supõem potencialmente o voo mais longo desse tipo de míssil entre todos os já testados pelo Exército norte-coreano.
Os lançamentos desta semana ocorrem também depois de um soldado dos EUA ter cruzado a fronteira com a Coreia do Norte, durante uma visita turística, estando atualmente detido.
Os Estados Unidos revelaram esta quinta-feira que enviaram mensagens à Coreia do Norte para que informe, pelo menos, sobre como está o soldado americano que cruzou a fronteira daquele país.