Publicada em 20/07/2023 às 11h47
Porto Velho, RO – O deputado federal Coronel Chrisóstomo, do PL, usou em suas publicidades oficiais uma fotografia adulterada do acervo do Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de tachar o ministro Alexandre de Moraes como ditador.
A imagem original é atribuída a Carlos Moura, da Secretaria de Comunicação Social (SCO) da Suprema Corte. A mesma montagem já foi usada por um usuário do Twitter comparando o ministro da Suprema Corte a Adolf Hitler.
"Hitler brasileiro", diz usuário do Twitter usando a mesma imagem que Chrisóstomo / Reprodução-Print Screen
O parlamentar uso manchete do site da Revista Oeste, de extrema-direita, que diz: “Procuradoria-Geral da República pede dados dos seguidores de Bolsonaro nas redes sociais”.
Deputado de Rondônia usa imagem adulterada do acervo do STF / Reprodução-Print Screen
Junto à veiculação, o militar anota:
“Isso é uma ditadura COMUNISTA! Estão nos PERSEGUINDO! OS ABSURDOS NÃO TEM [sic] FIM! Eu AVISEI!”, incluiu.
A FOTO ORIGINAL:
A FOTO ADULTERADA USADA PELO DEPUTADO:
Segundo a Agência Brasil, a Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu na última terça-feira (18) pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) de acesso aos dados de identificação dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.
Na segunda-feira (17), o subprocurador Carlos Frederico Santos solicitou a medida ao ministro Alexandre de Moraes para apurar eventuais manifestações de Bolsonaro a favor dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Em nota divulgada à imprensa, a procuradoria afirma que o acesso às informações de seguidores servirá apenas para medir o alcance das postagens.
"O órgão esclarece que essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos. O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais", escreveu o órgão.
O subprocurador também reiterou que a investigação envolve apenas o ex-presidente Bolsonaro.