Publicada em 11/07/2023 às 15h38
De acordo com um comunicado do Departamento do Tesouro norte-americano (equivalente ao Ministério das Finanças), as medidas aplicadas a Aleksandar Vulin "demonstram a determinação dos EUA" em indiciar quem se envolva em ações de corrupção em benefício de agendas e interesses pessoais em detrimento da paz e estabilidade nos Balcãs ocidentais, ou em atividades de corrupção "que facilitam as atividades malignas russas" na Sérvia e na região.
Dirigente desde dezembro de 2022 dos serviços de informações sérvios (BIA), após já ter ocupado os cargos de ministro da Defesa e do Interior, entre outras funções, Vulin "esteve implicado no crime organizado transnacional, no tráfico ilícito de droga e abusou da função pública", indicou o Departamento do Tesouro norte-americano, num comunicado.
Washington acusa ainda Vulin de "transferência ilegal de armamentos" em colaboração com o comerciante de armas sérvio Slobodan Tesic, que também já foi sancionado pelos EUA.
Através desta alegada colaboração, o chefe da Agência de Informações e Segurança (BIA) participou na "propagação da corrupção no seio das instituições governantes da Sérvia", acrescentaram as autoridades norte-americanas.
Os EUA também acusam Vulin de ajudar a Rússia a reforçar a sua influência nos Balcãs em detrimento da segurança regional.
As sanções anunciadas implicam o congelamento dos eventuais bens de Vulin sob jurisdição norte-americana e a proibição de transações mútuas, incluindo bancárias.