Publicada em 27/07/2023 às 10h13
Após horas de apreensão, militares do Níger anunciaram um golpe de Estado no país localizado na África Ocidental. O comunicado foi divulgado em rede nacional de televisão, na noite de quarta-feira (26/7), depois de soldados da Guarda Presidencial terem feito o ex-presidente refém.
“Nós, as forças de defesa e segurança, reunidos no Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria, decidimos pôr fim ao regime que vocês conhecem”, disse o coronel Amadou Abdramane, cercado de outros nove militares.
O militar, que comanda a Força Aérea do país, justificou o golpe como o “resultado da degradação contínua da situação de segurança, da má governança econômica e social”.
Todas as fronteiras do país foram fechadas e um toque de recolher foi imposto pelos militares. Além disso, a Constituição e as instituições do país foram suspensas. O comunidade ainda pediu que “agentes externos” não interfiram na atual situação política do país.
Sem dar muitos detalhes sobre a situação de Mohamed Bazoum, eleito de forma democrática em 2021 na primeira eleições pós-independência da França, os militares afirmaram que respeitariam a “integridade física e moral” das autoridades.
“Asseguramos à comunidade nacional e internacional que a integridade física e moral das autoridades será respeitada, de acordo com o princípio da integridade”, disse Amadou Abdramane.