Publicada em 24/07/2023 às 13h33
O Rondônia Dinâmica passa a publicar a partir de hoje (24) a coluna Ponto & Vírgula, assinada pelo jornalista e professor de Língua Portuguesa Marcos Lock. O objetivo do novo conteúdo é tratar das muitas manifestações do idioma de forma descontraída e leve, de modo a explicar, exemplificar e comentar, as tantas dúvidas que surgem no cotidiano das pessoas.
Nossa língua carrega uma imensa variação linguística, própria das regiões diversas onde ele é falado, natural e esperado em uma nação tão extensa quanto o Brasil. Muitas expressões são peculiares e até bem engraçadas. Some-se a isso a influência de diversas culturas como a italiana, a árabe, a africana, a inglesa, a francesa entre outras. Há ainda, a presença constante de termos provindos da ciência, da tecnologia ou saúde, para ficar apenas em três segmentos.
“É sempre bom frisar que ‘língua é uso’, ou seja, as palavras primeiramente são consagradas pela fala no cotidiano e, só depois, é que boa parte delas são incorporadas pelos dicionários”, esclarece o professor Lock. O que é bem verdade. Neste último mês de abril, por exemplo, o dicionário Michaelis surpreendeu a todos ao anunciar que havia transformado o apelido de Edson Arantes do Nascimento, “Pelé”, em verbete de sua versão digital.
Agora, “Pelé” formalmente diz respeito a uma pessoa qualificada como excepcional, incomparável ou única em sua área de atuação. Nada mais justo para um termo já usado pelas pessoas em suas conversas diárias.
O dicionário da Academia Brasileira de Letras, o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), em sua sexta atualização de maio de 2021, incluiu mais de mil novas palavra, algumas surgidas durante o período da pandemia, como por exemplo: “home office”, “covid-19” e “negacionismo. Com isso, nosso idioma agora possui um total de 382 mil verbetes oficiais.
A primeira coluna Ponto & Vírgula trata da palavra “muçarela”, que deve ser grafada oficialmente assim mesmo, com cê-cedilha. O que vemos a todo momento, no entanto, é a palavra “mussarela” em cartazes, propagandas e cardápios de todo o País. A explicação deste fenômeno linguístico está no conteúdo inicial do professor Marcos Lock.
Semanalmente, sempre às segundas-feiras, será abordado um tema inédito de caráter atual e aplicado à nossa realidade. Os leitores também poderão enviar suas dúvidas para o professor e elas serão respondidas na coluna.•