Publicada em 26/07/2023 às 08h40
Confronto em presídios no Equador deixa ao menos 31 detentos mortos e outras 14 pessoas ficam feridas. Onda de violência assola o sistema penitenciário equatoriano nesta semana.
Em decorrência dos conflitos, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou estado de emergência por 60 dias em todas as prisões do país e também autorizou o uso das forças armadas na retomada de controle das unidades prisionais.
Inicialmente, o Ministério Público do país divulgou que 18 pessoas foram mortas em decorrência dos conflitos.
Detentos da Penitenciária del Litoral, na cidade de Guayaquil, entraram em confronto no último sábado (22/7). Segundo informações do governo do país, aproximadamente 2,7 mil agentes de segurança tentam retomar o controle de três blocos de celas na unidade.
A Penitenciária del Litoral tem capacidade para receber cerca de 9,5 mil detentos, mas conta, atualmente, com mais de 11 mil presos.
Os confrontos na unidade prisional aconteceu devido a disputa entre facções dentro do presídio. Durante o combate, os detentos usaram armas de fogo e chegaram a incendiar as instalações do local.
Lasso também declarou estado de emergência nas províncias de Manabí e Los Ríos, além da cidade de Durán na segunda-feira (24/7), depois que o prefeito da cidade de Manta, Agustín Intriago, foi morto a tiros no domingo (23/7).
O sistema prisional enfrenta problemas estruturais há alguns anos, o que gerou preocupação da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.