Publicada em 21/07/2023 às 10h33
"Asegurança é uma prioridade. Os funcionários destacados no Iraque chegaram à Suécia num voo programado", declarou uma porta-voz do Ministério, numa nota informativa enviada à agência de notícias AFP.
A embaixada da Suécia no Iraque foi incendiada na quinta-feira durante um protesto organizado por partidários do líder religioso muçulmano xiita Moqtada Sadr, em antecipação de uma ação em Estocolmo, na qual um homem manifestou a intenção de destruir uma cópia do Corão, o livro sagrado do Islão.
Dezenas de pessoas invadiram a embaixada sueca na capital iraquiana, ateando um pequeno incêndio nas instalações da representação diplomática, enquanto outras dezenas permaneciam no exterior a fazer orações.
Mais tarde, na quinta-feira, um cristão iraquiano, identificado como Salwan Momika, profanou uma cópia do Corão diante da embaixada do Iraque em Estocolmo, num protesto permitido pela polícia sueca.
O direito de realizar manifestações públicas é protegido pela Constituição na Suécia. As leis de blasfémia foram abandonadas na década de 1970.
O primeiro-ministro iraquiano, Shia al-Sudani, ordenou entretanto a expulsão do embaixador sueco do Iraque e a retirada do encarregado de negócios iraquiano na Suécia.
Estas medidas não foram suficientes para acalmar os manifestantes e outro protesto em Bagdad está a ser planeado para hoje, assim como em outros países de maioria muçulmana.
A Arábia Saudita e o Irão convocaram hoje os representantes das missões diplomáticas suecas nos respetivos países, para protestar contra a autorização concedida por Estocolmo a atos de profanação contra o Corão.
O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, também condenou fortemente os acontecimentos ocorridos na Suécia.
Para os muçulmanos, a queima do Corão representa uma profanação do texto sagrado da sua religião.