Publicada em 19/07/2023 às 14h47
A perseguição contra as mulheres no Afeganistão ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (19/7). Dezenas de manifestantes protestavam contra uma decisão do Talibã, que ordenou o fechamento de todos os salões de beleza no país.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver as forças do governo autoritário dispersando o ato das mulheres com canhões de água. Ainda é possível ouvir barulho de tiros.
Uma conta no Twitter ligada ao regime afirmou que o Talibã “usará todos os meios necessários para preservar nossa sociedade masculina e tradicional”, e chamou as manifestantes de “bandidas feministas”.
Desde 2021, quando o Talibã assumiu o governo no Afeganistão e implementou a lei da Sharia, uma lei baseada na interpretação radical do Islã, os direitos das mulheres sofreram um enorme golpe no país. Hoje, afegãs estão impedidas de ter acessos a educação, métodos contraceptivos, a trabalhar fora de casa e são obrigadas a utilizarem o hijab, tradicional véu islâmico.
Em um relatório apresentado em junho no Conselho de Direitos Humanos da ONU, o grupo é acusado de praticar “apartheid de gênero” com as mulheres do país desde que retomou o poder no Afeganistão, após a retirada de tropas estadunidenses há dois anos.