Publicada em 06/07/2023 às 15h44
Após o término da visita, Zelensky seguiu para Praga antes de partir para Istambul na sexta-feira.
"Estamos gratos pelo apoio fornecido pela Bulgária", afirmou o presidente ucraniano ao lado do novo primeiro-ministro búlgaro, Nikolay Denkov, que implementou uma virada no país ao oferecer um apoio mais consistente a Kiev.
Durante a curta visita à capital Sofia, foram abordados temas como o apoio à defesa ucraniana, a integração da Ucrânia na UE e na Aliança Atlântica, a cúpula da NATO e as garantias de segurança, conforme relatado pelas partes envolvidas.
Foi também assinada uma "declaração conjunta" a favor da adesão de Kiev à NATO, com vista à cúpula de Vilnius, marcada para 11 e 12 de julho.
O presidente ucraniano afirmou que visitou a Bulgária para resolver "a falta de armas" e enfatizou que a lentidão nas entregas de armamentos atrasou a contraofensiva de Kiev, permitindo que Moscou reforçasse suas defesas nas áreas ocupadas, especialmente por meio de minas.
"A motivação de nossos parceiros deve permanecer intacta", insistiu. Caso contrário, "perderemos a iniciativa no campo de batalha".
Em resposta ao presidente búlgaro, Rumen Radev, um opositor inflexível ao envio de qualquer ajuda militar por medo de uma escalada, Zelensky afirmou que o objetivo é "se defender" para evitar que a guerra se alastre para o restante da Europa.
A Bulgária, membro da União Europeia (UE) e da NATO, mas historicamente e culturalmente próxima de Moscou, está profundamente dividida sobre essa questão.
No entanto, as fábricas de armamentos construídas durante o regime anterior de partido único estão operando em ritmo acelerado desde a invasão russa à Ucrânia.
Em 2022, segundo estimativas, as exportações da indústria militar búlgara ultrapassaram os quatro bilhões de euros, triplicando o recorde anterior de 2017.
Até agora, países terceiros têm desempenhado o papel de intermediários, uma solução encontrada no início da guerra pelo ex-primeiro-ministro Kiril Petrov.
"A maioria do que recebemos nos primeiros dias do conflito veio de nossos parceiros búlgaros", declarou recentemente o conselheiro presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak à televisão búlgara Nova.
A presidência russa criticou essa visita, interpretando-a como um desejo de Kiev de envolver "mais países" no conflito na Ucrânia.
"Numerosos países já se envolveram neste conflito, direta ou indiretamente. Esse assunto será discutido com os búlgaros", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.
Sofia e Kiev também concordaram em cooperar na área de energia, com a Bulgária propondo à Ucrânia dois reatores nucleares que havia encomendado à Rú