Publicada em 12/08/2023 às 09h40
Porto Velho, RO – Fatos são fatos. E por mais que se queira dobrá-los e haja esforço homérico neste sentido, a sanha é invariavelmente infrutífera.
A realidade é que, pelo menos dentro da classe política de Rondônia, aquele “amor” abnegado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, vai arrefecendo conforme o antigo morador do Palácio do Alvorada é esquecido no estado.
Não por sua patota, claro. Não pelo seu eleitorado, óbvio. Não por sua “bolha”, certamente. Porém, as autoridades seguem o fluxo, se desprendendo do passado.
Coronel Chrisóstomo é um dos poucos da classe política em Rondônia que ainda fala em Bolsonaro / Reprodução
Exemplo, com clara intenção de dar as mãos a Bolsonaro a fim de que este não se afogue, dos 8 deputados da bancada rondoniense só Sílvia Cristina e Coronel Chrisóstomo, ambos correligionários dele, assinaram o Projeto de Lei Complementar 141/23 (CONFIRA A ÍNTEGRA AO FIM DA MATÉRIA).
O Projeto de Lei Complementar 141/23 já está na CCJC / Reprodução
A ideia do documento é tentar reduzir o período de inelegibilidade de políticos condenados pela Justiça brasileira de 8 anos para só 2 anos subsequentes à eleição da decisão.
Sílvia Cristina, do PL, assinou o PLP 141/23 / Reprodução
Em suma, se depender das autoridades locais, Jair está à deriva, com exceção dos representantes mencionados acima.
A desvinculação de Rondônia com Messias acontece paulatinamente enquanto, de forma paralela, ministros de Lula, do PT, estiveram no estado esta semana anunciando obras recebidos com entusiasmo pelo líder da bancada, Maurício Carvalho, do União Brasil, acompanhado do colega Lebrão, da mesma sigla.
Cristiane Lopes e Maurício Carvalho, ambos do União Brasil, recepcionam ministros / Reprodução
Posando com Renan Filho e Márcio França, respetivamente titulares das pastas de Transportes e Portos, Carvalho anotou:
“Nosso estado recebeu a visita dos ministros @renanfilho e @marciofrancasp, e com eles a boa notícia a respeito da construção da ponte Binacional que ligará o Brasil ao país vizinho, Bolívia. A obra está inserida no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Essa ponte é uma de nossas prioridades durante o mandato. Sei da importância que essa obra tem para o município de Guajará-mirim, para todo o nosso estado e também a nível nacional e internacional”, pontuou.
E acresceu:
“É uma evolução comercial, econômica e até cultural. Hoje, comemoramos a construção desse novo caminho para o nosso futuro, que não tenho dúvidas, será grandioso. Obrigado a todos por fazerem parte desta jornada que será longa, mas com toda certeza, inspiradora”, encerrou a postagem feita em sua conta na rede social Instagram.
O próprio governador Coronel Marcos Rocha, também do União Brasil, usou suas redes sociais para falar a respeito das boas notícias trazidas por Renan Filho a Rondônia.
Lebrão e Maurício Carvalho, do União Brasil, posam com Márcio França e Renan FIlho / Reprodução
Desde o início de seu 1º mandato, Rocha aponta que vem trabalhando de forma incansável para avançar em questões fundamentais para o progresso de Rondônia.
Entre as pautas elencadas pelo governante estão: a duplicação da BR-364, a construção de uma Ponte Binacional, a regularização fundiária com a transferência das Glebas Federais para o estado e o asfaltamento da Rodovia Expresso Porto.
Em janeiro deste ano, o chefe do Executivo estadual encaminhou um documento ao governo federal, formalizando esses pedidos, além de outras demandas importantes para o estado.
Aparentemente, tudo fora encaminhado da melhor maneira possível no encontro entre gestores e políticos estaduais e federais.
Maurício Carvalho, líder da bancada, discursa em evento com minsitros / Reprodução
Na visão do Rondônia Dinâmica, que já pontuou a questão em editorial passado, a postura do mandatário do Palácio Rio Madeira o encaminhou à reeleição após deixar de lado bravatas, discursos exclusivamente ideológicos e discussões sem sentido na internet.
Lado outro, seu adversário no pleito passado em 2022, o senador Marcos Rogério, do PL, foi levado “à lona” tanto no primeiro quanto no segundo turno porque esqueceu do mandato para prestar espécie de assessoria legislativa gratuita a Bolsonaro.
Rogério segue na toada com pompa de autoridade máxima agindo como político de baixo-clero enquanto Rocha, que saiu do desconhecimento do público à notoriedade própria de um estadista, segue o caminho levando a unidade federativa à franca evolução e desenvolvimento.
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR 141/23