Publicada em 24/08/2023 às 15h42
O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher (CMDDM), vinculado administrativamente à Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf), iniciou, na manhã desta quinta-feira (24), no Teatro Banzeiros, o ciclo de palestras “Não à Violência Doméstica e Familiar em Porto Velho”, em referência à campanha Agosto Lilás - pelo fim da violência contra mulher, e os 17 anos da Lei Maria da Penha.
O ciclo está sendo realizado nestes dias 24 e 25 de agosto e as palestras terão como tema a conscientização da necessidade de combater a violência contra a mulher, como por exemplo: “Histórico dos dados da violência contra a mulher no estado e município/feminicídio”, “Lei Maria da Penha/Avanços e Mudanças”, “Atuação dos Creas /Cras - Rede de atendimento às mulheres vítimas de violência”, “Atuação da Patrulha Maria da Penha”, “Feminicídio/ A dor do silêncio”.
Nesta quinta (24), o público-alvo são as associações de mulheres, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e as universidades. No dia 25, são os orientadores e orientadoras educacionais da rede municipal e estadual de educação em Porto Velho.
O secretário-adjunto falou sobre a importância da união de forças em prol do tema
A presidente do CMDDM, Lina de Souza Costa, explicou o motivo do dia 25 ter como foco a Educação. “Devido ser observado nas escolas o aumento do índice de violência. Percebermos que essa violência está na família, por vários problemas. Temos instituições, como o Ministério Público, que já desenvolve um trabalho relacionado a essa proteção nas escolas – cultura de paz. Sabemos que essas violências estão de certa forma interligadas. Trabalhando com educação, com supervisores e orientadoras, é uma forma de prevenir e discutir como vamos trabalhar essa pauta nas escolas; falar da violência doméstica e falar também da cultura de paz para os alunos”.
A Dra. Rosimar Francelino Maciel, coordenadora da Rede Lilás (TCE), falou sobre o “Histórico dos dados da violência contra mulher no estado e município/feminicídio”. “Vou apresentar essa triste notícia da quantidade de pessoas atingidas por essa violência nefasta contra as mulheres de Rondônia, do Brasil, das Américas. Percebe-se que as mulheres que são vítimas de feminicídio, a maioria não chegou na rede de proteção. Nós precisamos trazer essas pessoas para a rede de proteção. Então, deve haver a denúncia. Denuncie. Não se cale”, alertou a coordenadora da Rede Lilás.
FEIRA DA MULHER EMPREENDEDORA
Várias instituições estiveram presentes durante o primeiro dia do evento
O projeto Feira da Mulher Empreendedora está presente no hall do Teatro Banzeiros nos dias 24 e 25 de agosto, durante a realização do ciclo de palestras. “Estamos sempre juntos, em todas as ações do Conselho. Hoje não é diferente, além das palestras que vamos ter, estamos com a Feira da Mulher Empreendedora presente”, disse Gina Brito, diretora municipal de Políticas Públicas para a Mulher e vice-presidente do CMDDM.
Quanto ao ciclo de palestras, Gina Brito disse ser “muitíssimo importante, porque são informações que nós precisamos ter como mulher. Entender onde chegar, onde denunciar. Lamentavelmente Rondônia é destaque em feminicídio. Isso é muito ruim, muito triste pra nós. Então temos que estar combatendo de alguma forma. Inclusive o empreendedorismo que é o caso da Feira da Mulher Empreendedora é um combate também a violência doméstica. Então é esse nosso objetivo. Está nesse combate diário contra a violência à mulher”.
A vereadora Márcia Socorrista esteve presente prestigiando o evento. O secretário-adjunto da Semasf, Álvaro Mendonça, na ocasião representando o secretário Claudi Rocha, falou sobre o apoio da Semasf e a importância do ciclo de palestras. “A Semasf está sempre de portas abertas para ajudar o Conselho e principalmente ajudar essas pautas tão importantes que o Conselho defende, dentre elas, essa do combate à violência contra a mulher. É importante que nós todos estejamos unidos em torno dessa questão para divulgarmos e deixarmos, cada vez mais claro, a necessidade de políticas públicas que, principalmente, eduquem a população ao combate da violência contra a mulher”.