Publicada em 08/08/2023 às 11h12
As autoridades malianas, dominadas pelos militares, que tomaram o poder pela força em 2020, mantiveram o silêncio desde 03 de agosto e as primeiras informações sobre a morte de muitos soldados numa emboscada perto de Ménaka.
No seu 'site' de propaganda, Amaq, o grupo radical EI afirmou que os seus combatentes tinham feito uma emboscada nesse dia a um comboio do exército maliano que se dirigia para o Níger. Dezasseis soldados foram mortos e dezenas de outros ficaram feridos em cerca de uma hora de combates, afirma a Amaq.
Os terroristas incendiaram três veículos e apoderaram-se de outros quatro, bem como de uma quantidade de munições, armas e lança-foguetes.
Desde 2012 que o Mali está a braços com uma profunda crise de segurança que começou no norte e se estendeu ao centro do país, bem como aos vizinhos Burkina Faso e Níger.
Desde há vários meses, a região de Ménaka é palco de um recrudescimento do Estado Islâmico no Grande Saara.
De acordo com um relatório recente da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, os ataques do grupo mataram "centenas" de pessoas e obrigaram milhares a fugir da região desde o início do ano.