Publicada em 14/08/2023 às 15h10
O Departamento de Estado norte-americano confirmou hoje o novo pacote de ajuda militar, divulgado na semana passada por fontes da Casa Branca como um novo apoio para a contraofensiva lançada por Kyiv no início de junho.
Entre o material militar estão munições de defesa aérea, de artilharia, e equipamentos antitanque, bem como e equipamento adicional de remoção de minas, detalhou o Departamento de Estado.
O mais recente pacote de ajuda militar do governo liderado por Joe Biden é financiado pelo programa que extrai armas das reservas existentes dos EUA.
"Todos os dias, a Rússia está a matar civis ucranianos e a destruir a infraestrutura civil, ao mesmo tempo em que arma a fome e contribui para a insegurança alimentar global através da destruição dos portos civis e da infraestrutura de grãos da Ucrânia", frisou o Departamento de Estado em comunicado.
O departamento liderado por Antony Blinken assegurou ainda que Washington irá manter o apoio a Kyiv "pelo tempo que for necessário".
Também o Presidente ucraniana Volodymyr Zelensky reagiu ao novo pacote de ajuda militar, agradecendo a "Joe Biden, ao Congresso e ao povo norte-americano".
"[As armas] fortalecerão nossas forças de Defesa. Mais um passo rumo a nossa vitória conjunta", frisou.
A Ucrânia já recebeu mais de 43.000 milhões dos EUA desde que a Rússia invadiu o país no ano passado.
Kyiv reivindicou hoje pequenos avanços no âmbito da sua contraofensiva iniciada há mais de dois meses para libertar o conjunto dos territórios ocupados pela Rússia.
Na cidade de Bakhmut, no leste do país, são agora as tropas de Moscovo que estão à defesa, depois de a terem tomado em maio, após meses de sangrentos combates.
A vice-ministra da defesa ucraniana anunciou hoje que o exército ucraniano recuperou três quilómetros de território próximo de Bakhmut.
"No setor de Bakhmut, foram recuperados três quilómetros na semana passada. No total, 40 quilómetros já foram reconquistados no flanco sul do setor de Bakhmut", cidade que foi capturada em maio pela Rússia, afirmou Hanna Maliar à televisão ucraniana.
Mais ao sul da frente leste, a vice-ministra ucraniana relatou uma situação "extremamente difícil" em torno de Avdiivka, localidade que as forças russas estão a tentar tomar aos ucranianos.
Na frente sul da ofensiva ucraniana, lançada em junho, as forças de Kyiv registaram "alguns sucessos" ao sul de Staromayorske, uma localidade recuperada no final de julho das forças de Moscovo, acrescentou Hanna Maliar.
Os combates continuam, principalmente para retomar a cidade vizinha de Urozhaine.
Na região de Kherson, a vice-ministra também relatou ações conduzidas por "determinadas unidades" da Ucrânia na margem oriental do Dnieper, de onde o exército russo se retirou em novembro de 2022, tornando o rio a linha de frente.
Mas as tropas ucranianas estão em dificuldades mais a norte, em torno de Kupiansk, e o Presidente russo, Vladimir Putin, continua a repetir que a contraofensiva de Kyiv já fracassou.