Publicada em 16/08/2023 às 08h40
Autoridades dos Estados Unidos confirmaram que pelo menos 106 pessoas morreram nos incêndios florestais de Maui, ilha do Havaí, depois de uma semana de chamas. É o pior desastre do tipo em mais de 100 anos no país, segundo a Associação Nacional de Proteção contra Incêndios. Apenas cinco dos mortos foram identificados.
Dois deles tiveram o nome divulgado: Robert Dyckman, de 74 anos, e Buddy Jantoc, de 79, ambos moradores da região de Lahaina.
“Ao longo das próximas semanas, poderemos confirmar quem faleceu. Mas vai ser muito difícil”, disse o governador do Havaí, Josh Green, à CNN. Segundo ele, muitas mortes ocorreram em uma rodovia à beira-mar.
Muitas informações são desencontradas por causa de falhas no sistema de comunicação e pela própria situação das pessoas. “Muita gente teve que correr e deixar tudo o que tinha para trás. Eles não têm seus telefones, que foram incinerados”, explicou o governador.
Para ajudar na identificação dos corpos, uma unidade portátil de necrotério foi levado do continente ao Havaí. Ela é composta de mesas de exame, unidades de raios-X e equipamentos de laboratório. Enquanto isso, a polícia e outras forças de segurança e emergência continuam fazendo uma varredura para encontrar mais vítimas.
Segundo o chefe da polícia de Maui, John Pelletier, até o fim de semana devem ser percorridos 90% do território da ilha. Há cerca de 20 cães e mais de 185 pessoas trabalhando nessa varredura.
Os incêndios florestais são alimentados por ervas invasoras secas e ventos fortes. Eles destruíram quase todos os prédios da região de Lahaina, que tinha cerca de 13 mil habitantes. As causas das chamas ainda estão sob investigação.