Publicada em 02/08/2023 às 09h02
O ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump se tornou réu no processo que investiga a invasão ao Capitólio em 6 em janeiro de 2021. Ele será investigado, de acordo com a mídia local, por tentar interferir no resultado da eleição de 2020, que perdeu para o democrata Joe Biden.
De acordo com a procuradoria, seis pessoas foram identificadas como cúmplices de Trump. Elas, porém, não foram identificadas. O ex-presidente responderá por quatro crimes distintos.
Em sua rede social, chamada Truth Social, Trump já havia falado sobre a possibilidade da acusação após reunião com sua equipe de advogados. “O enlouquecido Jack Smith, o promotor do DOJ de Joe Biden, enviou uma carta (novamente, era domingo à noite) Declarando que sou um alvo da investigação do Grande Júri de 6 de janeiro e me dando 4 dias muito curtos para relatar ao Grande Júri, o que quase sempre significa prisão e indiciamento”, escreveu o ex-presidente.
Esse tipo de correspondência é enviada a investigados para avisá-los de que podem enfrentar um indiciamento formal.
O ex-presidente norte-americano e pré-candidato às eleições de 2024 é alvo de outros dois processos ligados a questões eleitorais. Um envolvendo suposto esquema de suborno, fraudes e falsificação de registros de campanha; e outro por retenção de documentos sigilosos na própria mansão, na Flórida.
Eleições de 2020
O promotor de Justiça investiga a conduta do ex-presidente na tentativa de anular as eleições de 2020, que antecederam o ataque ao Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021.
Smith verifica o aparecimento de falsos eleitores nos estados em que Trump perdeu, e uma eventual campanha de pressão popular contra o então vice-presidente, Mike Pence, conduzida pelo bilionário. O mandatário norte-americano também teria incentivado a invasão ao Congresso, na data em que o órgão confirmou a vitória de Joe Biden.