Publicada em 22/08/2023 às 15h14
John Shipton, pai de Julian Assange, encontra-se no Brasil para divulgar o filme "Ithaka -- A Luta de Julian Assange" e foi hoje recebido na sede da presidência brasileira pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência do Brasil, Paulo Pimenta.
Uma ocasião que serviu para o Governo brasileiro "expressar total apoio" à liberdade de Julian Assange, atualmente detido no Reino Unido e que arrisca extradição para os EUA.
Paulo Pimenta recordou ainda que o chefe brasileiro, Lula da Silva, "é sensível à causa e um dos principais defensores de Assange".
"Reafirmamos o compromisso do nosso governo com a sua luta, a do Assange, e o nosso compromisso com a liberdade de expressão. Defendemos quem tem coragem de buscar um mundo melhor",frisou o responsável brasileiro, na rede social X (antigo Twitter).
Lula da Silva tem expressado ao longo dos meses, em diversas ocasiões, o seu apoio a Julian Assange.
Durante a sua visita a Londres, em maio, onde assistiu à coroação do rei Carlos III, Lula da Silva classificou como "uma vergonha que um jornalista que revelou as armadilhas de um Estado contra outros seja condenado a morrer na prisão e que ninguém faça nada pela sua liberdade".
A detenção de Assange "vai contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa. É importante que todos nos mobilizemos em sua defesa", disse o chefe de Estado brasileiro, em 11 de junho, dias depois do Tribunal Superior de Londres ter rejeitado o recurso de Assange contra a sua extradição para os Estados Unidos.
No final desse mês, um grupo de personalidades brasileiras, incluindo ex-ministros, cientistas e intelectuais publicou hoje uma carta pedindo a Lula da Silva que ofereça asilo político ao australiano Julian Assange.
Assange, acusado pelos Estados Unidos de 18 crimes de espionagem e intrusão informática, está há quatro anos numa prisão londrina, onde deu entrada depois de o Equador lhe ter retirado o asilo político e o ter expulsado da sua embaixada na capital britânica.
Foi inicialmente detido em 2010, depois de o WikiLeaks ter denunciado alegados crimes de guerra dos EUA no Iraque e no Afeganistão, a pedido da Suécia, que o considerava suspeito de alegados crimes sexuais, pelos quais nunca foi acusado.