Publicada em 25/08/2023 às 14h56
O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, afirmou que o Grupo Wagner continuará com suas operações no país mesmo após a morte de Yevgeny Prigozhin, na última quarta-feira (23/8).
“Wagner viveu, Wagner está vivo e Wagner vai morar em Belarus, por mais que alguém não goste. Prigozhin e eu já construímos um sistema de como o Wagner ficará localizado em nosso país”, declarou Lukashenko à agência estatal Belta.
Belarus passou a abrigar os mercenários do grupo liderado por Prigozhin após o Grupo Wagner protagonizar uma rebelião contra parte do governo russo, em junho deste ano.
Na época, o líder de Belarus participou ativamente das negociações entre o chefe dos mercenários e o governo russo. Com isso, o Grupo Wagner começou a se mudar para o país vizinho da Rússia, e iniciou treinamentos com militares locais.
A afirmação de Lukashenko de que o Grupo Wagner continuará operando no país acontece no momento em que Belarus se vê em meio à tensões com vizinhos regionais, além do aumento da retórica militar do “último ditador da Europa”.
Em julho, o governo bielorrusso aprovou um projeto para a criação e financiamento de “milícias populares no país”, com o objetivo de “garantir a observância da lei marcial”. Além disso, as tensões entre Belarus, Polônia, Lituânia e Letônia cresceram nas últimas semanas, com diversas tropas sendo enviadas para a fronteira entre os países.