Publicada em 31/08/2023 às 10h00
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, considerou que os pedidos por parte da Polônia e dos países bálticos para que o Grupo Wagner abandone aquela região são “estúpidos” e não têm “fundamento”, esta quinta-feira.
Isto porque, na sua ótica, a oposição à presença daquela milícia armada russa na Bielorrússia é injustificada até as tropas da OTAN continuarem nas fronteiras da Polônia e dos países bálticos, relatou a agência Reuters, segundo a agência BELTA.
“Pedidos são estúpidos e não têm fundamento”, disse, de acordo com aquele meio.
No final de julho, Lukashenko detalhou que membros do Grupo Wagner estavam treinando as forças especiais da Bielorrússia perto da fronteira com a Polônia, o que levantou alguma preocupação para Varsóvia, que reposicionou algumas das suas tropas perto do país vizinho.
Na sexta-feira passada, as autoridades ucranianas admitiram que o número de mercenários do Grupo Wagner destacados na Bielorrússia tem diminuído gradualmente, num movimento iniciado antes da alegada morte do seu líder, Yevgeny Prigozhin, em 23 de agosto.
O porta-voz acrescentou que a maioria dos mercenários foi para a Rússia “de férias” e não regressou, segundo as agências espanholas EFE e Europa Press.
Lançada em 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.511 civis desde o início da guerra e 26.717 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.