Publicada em 17/08/2023 às 09h37
Com o objetivo de conscientizar a população sobre a preservação dos patrimônios nacionais, bem como o fortalecimento da identidade nacional, a garantia do direito à memória e contribuição dos materiais para o desenvolvimento socioeconômico do país, no dia 17 de agosto é celebrado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico.
A data é comemorada desde 1998 para homenagear o historiador e jornalista Rodrigo Melo de Andrade, que foi o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, criado pela Lei nº 378, de 1937, no governo do então presidente Getúlio Vargas. O órgão é responsável pela proteção e preservação dos bens culturais nacionais, edifícios, centros urbanos e sítios arqueológicos, assegurando a permanência e usufruto para as próximas gerações.
Forte Príncipe da Beira é um dos principais pontos turísticos do estado de Rondônia
O governador de Rondônia, Marcos Rocha ressaltou que, o Estado possui uma história rica no tocante a seus patrimônios culturais, que fazem parte da história do Estado e precisam ser lembrados até os dias de hoje. “Cada lugar faz parte da história, inclusive do nascimento do Estado de Rondônia, e a população faz parte disso, com nossas rotas turísticas disponíveis para que todos estes locais sejam visitados e apreciados”, afirmou.
A respeito desta data, o professor e historiador Lourismar Barroso relata que o Estado de Rondônia possui grandes patrimônios, com destaque para o Forte Príncipe da Beira, construído em 19 de abril de 1775, que revelou a preocupação da coroa portuguesa em proteger a linha de fronteira entre Portugal e Espanha, evitando o contrabando de ouro e controlando a navegação pelos rios amazônicos.
“A posição geográfica da região amazônica requeria uma proteção por parte dos portugueses, em ocupar a região que estava inserida, em um primeiro momento, no contexto da defesa do território, ou seja, foram ‘razões de guerra’ que motivaram os portugueses a investir empreendimentos como fortificações de defesa na região”, disse o historiador.
Lourismar Barroso descreve, ainda que, os portugueses se arriscavam na empreitada, mesmo não conhecendo o potencial econômico da Amazônia. “Tinham apenas a noção de que seu principal rio, o Amazonas era uma excepcional via de comunicação, penetração no território e de defesa contra invasores estrangeiros”, destacou.
IMPORTÂNCIA DO PATRIMÔNIO CULTURAL
Com relação à preservação do patrimônio cultural, Lourismar Barroso destaca que preservar “é manter vivos, mesmo que alterados, usos e costumes populares. É fazer levantamento de construções, especialmente aquela sabidamente da especulação imobiliária. O patrimônio é formado por bens de natureza material e imaterial, tomadas individualmente ou coletivo, portadores de referência à identidade, ação, a memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”, ressaltou.
VIAJA MAIS SERVIDOR
Para incentivar os rondonienses a viajarem e conhecerem os patrimônios culturais do Estado, a Superintendência Estadual de Turismo – Setur, possui o programa “Viaja mais Servidor”, que promove e proporciona oportunidades de viagens e usufruto de ofertas e benefícios as atividades turísticas, como forma de fortalecimento ao setor no Estado, contemplando parcerias com associações competentes do segmento e empresas do setor privado.
PRESERVANDO A HISTÓRIA
Em alusão ao Dia Nacional do Patrimônio Histórico, a Fundação Cultural do Estado de Rondônia começou na quarta-feira (16), a “III Jornada do Patrimônio” com o tema “Preservando a História: Uma Jornada pela Memória do Patrimônio”, que está sendo realizado no Museu da Memória Rondoniense – Mero, em Porto Velho. A programação, que encerra na próxima sexta-feira (18), conta com palestras, rodas de conversas e oficinas, com entrada gratuita mediante inscrição, a partir das 9h30.