Publicada em 08/08/2023 às 10h39
Com essas sanções históricas, vamos reduzir ainda mais a capacidade de armamento da Rússia, fechando as redes de abastecimento que sustentam a já difícil indústria de defesa do Presidente russo, Vladimir Putin", afirmou o ministro das Relações Exteriores britânico, James Cleverly.
"Aqueles que apoiam a máquina militar russa não têm onde se esconder", acrescentou Cleverly, citado em comunicado.
O Reino Unido afirma que as pessoas e empresas sujeitas às novas sanções têm fornecido à Rússia acesso a equipamento militar.
Dentre eles estão 22 empresas e indivíduos da Turquia, Irã (para o fornecimento de 'drones'), Dubai, Bielorrússia, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia e Suíça, bem como três empresas russas que importam produtos eletrônicos.
Um cidadão eslovaco, Ashot Mkrtychev, foi sancionado "pelo envolvimento em uma tentativa de acordo de fornecimento de armas entre a Coreia do Norte e a Rússia", afirmou ainda a diplomacia britânica.
Um cidadão suíço, Anselm Oskar Schmucki, é visado por seu papel nos serviços financeiros, por meio da empresa DuLac Capital, que opera na Rússia, detalhou ainda a nota informativa do ministério britânico.
O Reino Unido, um dos principais apoiadores da Ucrânia contra a Rússia, já sancionou mais de 1.600 entidades desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.
Ao mesmo tempo, as autoridades britânicas garantiram que estão tomando medidas contra o apoio à Rússia proveniente da Bielorrússia e do Irã, que já foram sancionados em ocasiões anteriores por seu papel desestabilizador e pelo papel indireto que estão desempenhando na invasão da Ucrânia.
Nesta ocasião, foram sancionados indivíduos e empresas relacionados com o desenvolvimento e a produção de aparelhos aéreos não tripulados ('drones') para o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica e empresas tecnológicas bielorrussas.
"A indústria de defesa russa está sob forte pressão e concentrada inteiramente na manutenção da guerra. Incapazes de acessar componentes ocidentais, os militares russos têm dificuldade em produzir equipamentos topo de linha em quantidade suficiente e agora buscam desesperadamente armamento estrangeiro", referiu o Governo britânico.
Nesse sentido, Londres destacou que a Rússia teve que mobilizar tanques e outros equipamentos da era soviética devido a essas deficiências.
Londres espera também que esse novo pacote de sanções, o maior já dirigido a Moscou através de empresas terceiras estrangeiras, tenha um impacto nas tentativas de contornar as restrições anteriores.
O Reino Unido e seus outros parceiros internacionais têm apelado aos países terceiros para que parem de apoiar materialmente a invasão russa, a menos que estejam dispostos a "enfrentar custos severos".
O Parlamento Europeu aprovou uma série de sanções contra o apoio à Rússia por parte do Irã e da Bielorrússia, devido ao seu papel desestabilizador e ao seu papel indireto na invasão da Ucrânia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).