Publicada em 19/09/2023 às 09h31
O governo do Azerbaijão deu início, nesta terça-feira (19), ao que chamou de "uma operação antiterrorista" visando conquistar posições militares ocupadas pela Armênia na região de Nagorno-Karabakh desde 1994.
O Ministério da Defesa do Azerbaijão não deu detalhes sobre a operação, mas disse que os postos armênios estão sendo neutralizados com o uso de armas de alta precisão.
“Apenas alvos militares legítimos estão sendo alvejados”, disse a declaração divulgada pelo Azerbaijão.
Contudo as autoridades de etnia armênia em Nagorno-Karabakh afirmaram num comunicado que a capital da região, Stepanakert, e outras aldeias estavam “sob intenso bombardeamento”.
Os relatórios levantaram preocupações de que uma guerra em grande escala na região pudesse ser retomada entre o Azerbaijão e a Armênia.
O conflito está vinculado a disputas territoriais pela região montanhosa de Nagorno-Karabakh, um enclave de maioria armênia que se separou do Azerbaijão com o apoio armênio em 1994. Uma primeira guerra na época deixou mais de 30.000 mortos.
Um novo conflito em 2020, foi encerrado com conquistas territoriais do Azerbaijão e um cessar-fogo obtido com a mediação da Rússia.
Desde então, os russos são responsáveis por manter a paz na região e negociar com os dois governos por acordos de não-agressão.
Diante a ofensiva do Azerbaijão, Moscou afirmou que suas forças continuarão cumprindo a missão de paz.
“Estamos profundamente preocupados com a acentuada escalada da situação em Nagorno-Karabakh”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.
Ela disse que o Azerbaijão alertou as forças de paz russas sobre a ação militar poucos minutos antes de ela começar.