Publicada em 20/09/2023 às 09h10
O Banco do Povo da China (PBoC, o Banco Central chinês) anunciou nesta quarta-feira (20/9) a manutenção da taxa de juros de referência para empréstimos de 1 ano em 3,45%.
A autoridade monetária chinesa informou ainda que a taxa para empréstimos de 5 anos foi mantida em 4,2%. Trata-se da taxa de referência para os custos do mercado imobiliário, que enfrenta uma forte crise.
Em agosto, o BC da China havia reduzido os juros de referência em 0,1 ponto percentual, de 3,55% para 3,45%, e mantido a taxa de 5 anos em 4,2%.
Estímulo à economia
Nas últimas semanas, a China tem adotado uma série de medidas para impulsionar a atividade econômica, em meio a uma forte desaceleração.
Na quinta-feira (14/9), o Banco do Povo anunciou que cortará o índice de compulsório para bancos e instituições financeiras em 0,25 ponto percentual.
A medida entrará em vigor no dia 27 de março e tem o objetivo de liberar mais liquidez para o sistema financeiro do país asiático, que enfrenta um momento de desaquecimento da economia.
O compulsório dos bancos é a parcela de dinheiro que as instituições financeiras são obrigadas a manter depositada no BC.
China desacelera
A China tem sofrido com uma forte desaceleração econômica, em meio à crise do mercado imobiliário, desemprego recorde entre os jovens e uma demanda fraca por bens e serviços, que desaqueceu o mercado. Em julho, o país registrou sua primeira deflação desde fevereiro de 2021, como reflexo da diminuição generalizada do consumo.
A última semana terminou com algumas notícias auspiciosas para Pequim. Setores como indústria, varejo e serviços tiveram índices positivos em agosto, o que pode ser o início de uma reação. A venda de imóveis, contudo, recuou 1,5% nos oito primeiros meses do ano, agravando a situação do já combalido mercado imobiliário local.