Publicada em 15/09/2023 às 14h50
Bangladesh enfrenta um surto recorde de dengue que já provocou 778 mortes este ano. Especialistas afirmam que a situação está piorando devido à falta de uma resposta coordenada à doença transmitida por mosquitos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou recentemente que doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela, causadas por vírus transmitidos por mosquitos, estão se espalhando mais rapidamente e para áreas mais distantes devido às mudanças climáticas.
Segundo dados da Direção-Geral dos Serviços de Saúde do Governo do Bangladesh, em 2023, das 157.172 pessoas infectadas, 778 faleceram. A UNICEF admite que os números reais podem ser mais elevados, pois muitos casos não são comunicados. O anterior número mais elevado de mortes foi registrado em 2022, quando 281 pessoas perderam a vida durante o ano.
A dengue é comum em zonas tropicais e causa febres altas, dores de cabeça, náuseas, vômitos, dores musculares e, em casos graves, hemorragias internas fatais. O diretor do hospital estatal Mugda Medical College, em Daca, alertou que o Bangladesh está tendo dificuldades em lidar com o surto devido à falta de uma "política sustentável" e à falta de conhecimento sobre como combatê-lo, especialmente fora das grandes cidades.