Publicada em 27/09/2023 às 10h04
Respondendo a requerimento aprovado em plenário pelo deputado estadual Delegado Camargo (Republicanos), o comandante-geral da Polícia Militar de Rondônia, coronel Régis Wellington Braguin Silvério, esteve na Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) na tarde desta terça-feira (26) para prestar esclarecimentos sobre a atuação militar no estado de Rondônia, especialmente no que diz respeito ao atendimento da legislação sobre atendimento à pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A participação do coronel Braguim aconteceu durante a uma comissão geral, aberta durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa, com a presença de diversos deputados.
De acordo com o deputado Delegado Camargo, um dos motivos da convocação do coronel Braguin para prestação de esclarecimentos foi uma reunião acontecida no início do mês de setembro com policiais militares que são pais ou representantes de autistas, para tratar sobre os procedimentos a serem adotados pela corporação sobre a causa, em que foi foi impedido de participar. Camargo destaca que além de deputado, é presidente da Comissão de Segurança Pública, pai atípico e compareceu à reunião a pedido de policiais militares também do interior, que enfrentam o mesmo problema nas suas famílias e não tinham nenhum posicionamento oficial da PM sobre todos os procedimentos necessários para amparar a causa.
“Me identifiquei no comando geral, pedi para participar, falei da causa autista, das minhas prerrogativas enquanto deputado estadual, representante do povo, mas mesmo assim não fomos atendidos. Então, chamamos o comandante-geral para que viesse a esta Casa prestar esclarecimentos, para que toda a comunidade, seja de policiais militares ou não, saiba quais as medidas que estão sendo desenvolvidas pelo comando para apoiar essas famílias atípicas de policiais militares”, disse o deputado.
Ao utilizar a palavra, o comandante-geral Coronel Braguin reconheceu uma falha de comunicação para que a participação do deputado na reunião fosse possível, destacou se tratar de uma reunião interna da corporação e que a decisão da não participação foi da maioria dos presentes, por se tratar de uma reunião administrativa da corporação. Camargo, por sua vez, fez lembrar da prerrogativa parlamentar e solicitou que o comandante informasse à população, em especial os policiais militares, sobre a decisão da reunião e os encaminhamentos a serem dados, uma vez que há reclamações de que a corporação não tem sido sensível à causa autista, que é uma realidade em toda a sociedade.
“Vamos elaborar um documento solicitando ao comando o detalhamento dessas ações sobre a causa do autista para que possamos levar essas informações aos policiais, especialmente do interior do estado, sobre os seus direitos à apoio e assistência. Temos reclamações que policiais militares com casos de autismo na família, que precisam de atendimento especial, não estão sendo atendidos. Queremos saber do comando geral da PM quantos casos de familiares de PMs com autismo já foram identificados, qual a verdadeira iniciativa de apoio para estas famílias, cuja condição reflete direto da segurança pública do estado”, disse Camargo.
Ainda durante a reunião, fizeram uso da palavra os deputados estaduais Alex Redano (Republicanos), Cirone Deiró (União Brasil), Delegado Lucas (PP) e Ezequiel Neiva (União Brasil), que elogiaram a iniciativa de Camargo em chamar o comando da PM para explicar as ações da corporação com relação à causa autista, bem como sobre as ações da Polícia Militar no combate à criminalidade. O coronel Braguin apresentou um relatório sobre as ações da Polícia Militar desde a sua posse no comando geral, se colocando à disposição para demais esclarecimentos que a Assembleia julgar pertinentes.