Publicada em 15/09/2023 às 14h50
O Conselho da União Europeia (UE) impôs um novo pacote de sanções a quatro pessoas e seis entidades responsáveis por "graves violações dos direitos humanos" no Irã. As medidas restritivas foram anunciadas após a morte da jovem curda iraniana Mahsa Amini, em setembro de 2022, às mãos da "polícia da moral" iraniana.
A lista de sanções inclui o adjunto do Comandante da Unidade da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) no Quartel-General Central de Segurança Imam Ali, além dos comandantes da polícia das províncias de Mazandaran e Fars. Também foram incluídas prisões, uma agência noticiosa e o Conselho Supremo do Ciberespaço, totalizando 227 indivíduos e 43 entidades afetadas.
As sanções incluem o congelamento de bens, proibição de viagens para a União Europeia e proibição de disponibilização de fundos ou recursos econômicos aos listados. Também há uma proibição de exportação para o Irã de equipamentos que possam ser usados para repressão interna e equipamentos de monitoramento de telecomunicações.
As autoridades iranianas intensificaram a repressão da sociedade civil do país após a morte de Mahsa Amini, detida e espancada por infringir o rígido código de vestuário feminino do país. A Human Rights Watch (HRW) denunciou essa repressão e pediu que as delegações de Estados-membros da ONU levantem a questão da situação dos ativistas ao se reunirem com homólogos iranianos durante a Assembleia-Geral anual da ONU.
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