Publicada em 26/09/2023 às 09h58
O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria de ataques com explosivos contra patrulhas militares na província de Cabo Delgado, em Moçambique. Os ataques ocorreram em locais separados por uma distância de 140 quilômetros, como anunciado pelos canais de propaganda do grupo.
Segundo os relatos, no último domingo, o grupo detonou um dispositivo explosivo que atingiu um veículo blindado em patrulha do exército moçambicano na estrada que conecta as aldeias de Mbau e Limala, no distrito de Mocímboa da Praia, causando fatalidades e feridos entre os militares.
Outro ataque semelhante, reivindicado pelo grupo terrorista, teria ocorrido em uma estrada no distrito de Macomia, também em Cabo Delgado, a 140 quilômetros de distância.
Até o momento, não foi possível confirmar a veracidade desses anúncios por parte do grupo terrorista.
No domingo, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Moçambique declarou que o exército moçambicano está ampliando seu controle sobre Cabo Delgado e continuará suas operações contra os rebeldes que têm causado instabilidade na província.
A recente eliminação de Bonomade Machude Omar, líder do terrorismo em Moçambique e considerado um "terrorista global" pelos Estados Unidos, foi vista como uma grande conquista na luta contra os insurgentes que atuam em Cabo Delgado desde 2017.
Apesar das limitações orçamentais, o chefe do Estado-Maior General ressaltou o compromisso das Forças Armadas de Moçambique em perseguir os rebeldes e manter a segurança na região.
O conflito em Cabo Delgado já causou um grande número de deslocados e vítimas, impactando projetos de produção de gás natural na área e exigindo ação das forças de segurança de Moçambique, com apoio do Ruanda e da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral).