Publicada em 06/09/2023 às 14h51
As munições de 120 mm são destinadas aos tanques de batalha norte-americanos Abrams e fazem parte de um novo pacote de ajuda militar para Kiev, no valor de 175 milhões de dólares (163 milhões de euros), conforme comunicado divulgado pelo Pentágono.
Essa decisão surge após meses de debates sobre o envio desse tipo de munição, que é projetada para ser altamente eficaz contra os tanques russos. O uso de munições de urânio empobrecido, devido aos seus potenciais impactos na saúde e no ambiente, tem sido uma questão controversa.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, declarou que, com o pacote anunciado hoje, que também inclui material de apoio ao sistema de defesa aérea ucraniano e munições para sistemas de artilharia HIMARS, Washington está "muito focado" em ajudar a Ucrânia a ter sucesso na contraofensiva contra a Rússia.
Kirby enfatizou que as munições de urânio empobrecido são "mais pesadas" do que a artilharia convencional e "muito eficazes" contra tanques. Ele afirmou que o objetivo é garantir que os ucranianos sejam tão eficazes quanto possível nessa contraofensiva.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional observou que "muitos exércitos usam munições com urânio empobrecido, não apenas os Estados Unidos, mas também a Rússia". Ele argumentou que não há grande controvérsia em relação a esse tipo de munição no campo de batalha e que não representa uma ameaça radioativa para as pessoas.
Em março, quando o Reino Unido admitiu planos para fornecer munições de urânio empobrecido à Ucrânia, a Rússia alertou para o risco de contaminação radioativa e indicou que tomaria medidas se a Ucrânia utilizasse esse tipo de armamento.
O Pentágono informou em seu comunicado que o pacote anunciado hoje é o 46.º fornecido à Ucrânia pela administração de Joe Biden a partir dos estoques do Departamento de Defesa norte-americano desde agosto de 2021.
"Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com seus aliados e parceiros para fornecer à Ucrânia as capacidades para atender às suas necessidades imediatas no campo de batalha e às necessidades de segurança a longo prazo", concluiu o comunicado.
A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A invasão russa foi condenada pela maioria da comunidade internacional, que tem respondido com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição de sanções políticas e econômicas à Rússia.
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