Publicada em 22/09/2023 às 15h46
Plagiando uma das maiores lideranças políticas do Brasil, ex-governador de Minas Gerais, o saudoso Magalhães Pinto, com a frase “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”, o futuro político de Rondônia está seguindo nesse rumo. O hoje, tem muitas chances de mudar amanhã, depois, no mês que vem, no próximo ano.
Mas tem algo nos Céus de Rondônia, que nada tem a ver como o belo Hino, não é avião, não é pássaro, drones ou nuvens. E tem tudo a ver com a política regional do jovem Estado.
Nas eleições de 2022, além de o presidente da República (Lula), o governador Marcos Rocha (UB) foi reeleito, assim como um dos três senadores, que cada Estado e o Distrito Federal têm no Senado Federal, além de deputados federais e estaduais. Não tivemos eleições somente a prefeitos e vereadores, que foram reeleitos e eleitos em 2020.
Nos bastidores da política há movimentações de suplentes e de partidos políticos reivindicando cargos de deputados estaduais, com ações já tramitando no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Especialistas –e curiosos– em política dividem opiniões, mas as ações estão correndo e garantem que teremos novidades antes do final do ano.
Uma delas envolve o senador Jaime Bagattoli, que preside o diretório regional do PL em Rondônia. A ação é sobre denúncia de compra de votos e, caso o senador não consiga reverter a situação perderá o mandato e teremos eleições suplementares em Rondônia para escolha da vaga ao Senado, porque o primeiro e segundo suplentes fazem parte da mesma chapa.
Na fila dos pretendes ao cargo temos o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (Sem Partido), que foi reeleito em 2020 e não pode concorrer a mais um mandato em 2024. No caso de cassação de Bagattoli, hipótese não impossível, o TRE convocará eleição suplementar para a vaga ao Senado.
Não é uma afirmativa, mas pessoas ligadas ao prefeito Hildon garantem, que o sonho político dele sempre foi o Senado. Inclusive, a sua candidatura a prefeito de Porto Velho em 2016, seria uma maneira de se identificar com o eleitorado visando uma futura escalada ao Senado. Acabou recebendo votação expressiva no primeiro turno e se elegeu prefeito no segundo turno. As primeiras pesquisas, após o início da campanha colocavam Hildon com menos de dois dígitos.
Outro projeto político de Hildon era eleger sua esposa, Yeda Chaves, deputada federal, visando sua caminhada rumo ao Senado. Eleito prefeito, Hildon teria mudado os planos e trabalhou sua reeleição em 2020. E conseguiu, também no segundo turno. Dois anos depois, Yeda, que realizava um excelente trabalho social na sua administração, mesmo sem pasta, foi eleita deputada estadual com a segunda maior votação na história do Legislativo Estadual, com 24.667 votos.
O projeto político de Hildon, hoje, não querendo dar uma de profeta, seria a busca da vaga ao Senado, caso o processo de cassação de Bagattoli seja efetivado e disputar o que seriam as eleições suplementares.
Outra possibilidade é para as eleições gerais de 2026, porque Marcos Rocha (UB) foi reeleito em 2022 e está fora da disputa, Hildon, hoje, já é citado como um candidato em potencial à sucessão estadual e, no caso, Rocha concorreria a uma das duas vagas ao Senado, hoje ocupadas por Marcos Rogério (PL) e Confúcio Moura (MDB).
As apostas estão abertas.