Publicada em 09/09/2023 às 10h18
Porto Velho, RO - É possível chamar de crise! Além de Rondônia enfrentar o desastroso caos aéreo promovido pelas empresas que resolveram diminuir ofertas no setor, inflacionando os preços e ilhando a população, autoridades sérias do espectro local se mobilizam agora contra a redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A diminuição na destinação dos recursos de ordem fiscal abalroou sobremaneira diversas cidades entre as 52 unidades rondonienses. A despeito de a bancada federal ter sua importância nos grandes debates tanto regionais quanto nacionais, arquétipos como o deputado federal Coronel Chrisóstomo, do PL, que só usam a Tribuna na Câmara para berrar e "dialogar" com bolhas terminam por contagiar a imagem do grupo inteiro. Uma figura que busca se destacar pelo destempero -- e tem sucesso ao menos nesta parte --, impacta negativamente o coletivo.
E será assim durante o mandato inteiro enquanto seu líder, Maurício Carvalho, no União Brasil, não colocar "ordem na casa" e puxar a responsabilidade para si de trazer os holofotes aos fatos, e esforços empíricos no sentido de ao menos tentar resolver demandas e imbróglios que afetem a sociedade. Transformar esse ideal em realidade não é algo fora de questão. E os exemplos estão aí, pululando, como Hildon Chaves, do Uniao Brasil, prefeito de Porto Velho e atual presidente da Associação Rondoniense de Municípios (AROM), e o presidente da Assembleia Legislativa (ALE/RO), além de Marcelo Cruz, do Patriota.
Ambos possuem seu eleitorado, assim como Chrisóstomo, e também preservam veias ideológicas particulares, porém, quando o "calo" aperta, o interesse do todo fala mais alto. E quando se diz mais alto, a perspectiva é a de um som que consegue "engolir" os vãos impropérios do militar. Resumidamente, as diferenças de representatividade ficam cada vez mais claras diantes das necessidades palpáveis.
Em vez da histeria descontrolada e da necessidade de inflar a veia jugular permitindo a vermelhidão apossar-se do seu rosto, Chaves, como representante de uma entidade municipalista, tomou as rédeas do caos e arrogou para si a missão de ir à "guerra".
Durante a semana, segundo notícia veiculada na imprensa local, ele "se reuniu com vários prefeitos nesta terça-feira (5), na sede da Prefeitura da capital, para definir a participação dos gestores nas caravanas organizadas pela Confederação Nacional de Municípios (CNM)".
Paralelamente,Cruz, capitaneando o Legislativo estadual, deseja, por meio de Projeto de Lei, ora em discussão na Casa de Leis, "socorrer" os municípios e seus administradores enquanto perdura a celeuma do FPM. Dentro das suas atribuições e competência de alçada local, ele e os demais membros da ALE/RO se esforçam para readequar déficits fiscais a fim de suavizar a situação.
Essa é a diferença abissal entre o berreiro e a prática.