Publicada em 29/09/2023 às 08h55
A fundação sueca também reconheceu o trabalho da organização do meio ambiente Mother Nature Cambodia e da queniana Phyllis Omido.
A médica e diplomata ganense Eunice Brookman-Amissah também foi recompensada pelo seu engajamento para melhorar as condições de aborto na África.
De acordo com a diretora da fundação, Ole von Ueskull, os quatro premiados "lutaram pelos direitos à saude, à segurança e à democracia", disse o diretor da fundação em um comunicado.
A ONG SOS Mediterrâneo surgiu em 2015, graças ao encontro entre uma ativista humanitária francesa, Sophie Beau, e Klaus Vogel, capitão da marinha comercial alemã. Os dois estavam inconformados com o fim do programa de operações italiano de salvamento de migrantes que tentavam chegar à Europa.
Quase 40 mil pessoas salvas
Desde então, dois navios, o Aquarius e o Ocean Viking, ajudam a resgatar os migrantes em alto-mar e asseguram o atendimento médico e psicológico. Desde o inicio das operações, a ONG socorreu 39 mil pessoas.
"O compromisso da organização não apenas salvou vidas, mas também permitiu sensibilizar o grande público, as instituições europeias e os governos sobre a realidade da crise humanitária no Mediterrâneo", estimaram os jurados.
O prêmio Right Livelihood foi criado em 1980 pelo escritor, filantropo e ex-eurodeputado pelo Partido Verde alemão, Jakob von Uexhull, depois da fundação Nobel ter recusado a proposta de criar dois novos prêmios para o meio ambiente.